Na abertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (14), o presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, rebateu as acusações contidas na reportagem da Folha de S. Paulo, classificando-a como "desinformação jurídica".
Sobre as irregularidades apontadas na troca de mensagens, Barroso lembrou que o ministro Alexandre de Moraes acumulava o cargo de ministro e de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas que tudo ocorreu com o conhecimento da Corte e do Ministério Público. O magistrado ainda reforçou que as trocas de mensagens estão no inquérito.
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Posteriormente, Barroso defendeu a liberdade de imprensa, mas alertou para o perigo das interpretações equivocadas, que podem levar a narrativas perigosas e visam minar a democracia.
“Nada aqui é feito nas sombras ou na surdina”, destacou Barroso.
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Por sua vez, o ministro Gilmar Mendes defendeu o trabalho de Alexandre de Moraes e também destacou o caráter sensacionalista da reportagem, reforçando que todo o trabalho de Moraes se deu dentro da legalidade.
Além disso, Mendes também ressaltou o acúmulo de funções de Moraes e o contexto em que se deu a investigação das milícias digitais, que mais tarde, segundo Mendes, culminaria "no fatídico 8 de janeiro", ou seja, quando houve a tentativa de golpe de Estado.
Em seguida, Mendes afirmou que não há nada semelhante aos métodos da Lava Jato, "como querem fazer crer", e que não há juiz combinando cronograma com procurador. "O objetivo é desqualificar o trabalho do ministro Alexandre de Moraes [...] que há muito tempo é alvo de ameaças e críticas".
Matéria em atualização.