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Prisão de Bolsonaro: soltura de Silvinei Vasques e Filipe Martins não muda posição no STF

Soltura dos acusados de fazer parte da OrCrim do golpe levantam dúvidas sobre destino de Bolsonaro. Inquérito sobre o golpe deve chegar à PGR em setembro

Bolsonaro foi indiciado no caso das joias e do cartão de vacina.Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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As decisões de Alexandre de Moraes de conceder a liberdade ao ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e ao ex-assessor da Presidência, Filipe Martins, tem levantado dúvidas sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) ser preso pelos crimes em série em que está sendo denunciado.

Indiciado nas investigações sobre a fraude na carteira de vacinação e da organização criminosa que furtou joias da Presidência para vender nos EUA, o ex-presidente ainda tem pela frente o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, que deve definitivamente selar seu destino rumo à prisão.

Para ministros do STF ouvidos pela coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a soltura dos acusados de fazer parte da OrCrim do golpe, no entanto, não muda a posição em relação à prisão de Bolsonaro.

A libertação por Moraes, segundo os ministros, se deu porque os bolsonaristas não oferecem mais riscos à investigação sobre o golpe, que já se encontra em fase final e deve ser concluída até o mês de setembro.

A situação de Bolsonaro segue grave em razão do montante de provas colhidas pela Polícia Federal e há chances do ex-presidente ser preso.

No entanto, a dúvida é quando isso pode acontecer? Para esses ministros, Bolsonaro só deve cumprir a sentença - caso seja realmente condenado - após se esgotarem todos os recursos.

Pelo andar da carruagem, uma provável prisão de Bolsonaro só deve acontecer em 2025. A Procuradoria-Geral da República, comandada por Paulo Gonet, tem até o dia 21 de agosto para se manifestar sobre os indiciamentos nos casos das joias e da carteira de vacinação.

Caso a PF cumpra o prazo e envie o relatório da OrCrim golpista em Setembro, Gonet deve dar seu parecer somente no mês seguinte. 

Em dezembro, o judiciário entra em recesso e só retornar em fevereiro de 2025. Caso o cronograma seja cumprido, somente ai que a corte pode estipular um prazo para colocar Bolsonaro no banco dos réus.