O economista Antônio Delfim Netto, morto na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos, era o último signatário do Ato Institucional nº 5 (AI-5). O então ministro da Fazenda esteve presente à reunião do Conselho de Segurança Nacional convocada pelo do ditador Artur da Costa e Silva do dia 13 de dezembro de 1968 que aprovou o ato, o mais duro entre todos promulgados pela ditadura militar.
O AI-5 permitiu a cassação de políticos, autorizou o presidente da República a intervir nos governos de estados e municípios e permitiu a suspensão de direitos e garantias constitucionais individuais como habeas corpus, entre outras medidas. Foi um ato que, na prática, legalizou a ditadura no país.
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Na ocasião, Delfim Netto declarou:
“Eu estou plenamente de acordo com a proposição que está sendo analisada no Conselho. E, se Vossa Excelência me permitisse, direi mesmo que creio que ela não é suficiente.”
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A seguir, disse ainda: "eu acredito que deveríamos atentar e deveríamos dar a Vossa Excelência a possibilidade de realizar certas mudanças constitucionais que são absolutamente necessárias para que este país possa realizar o seu desenvolvimento com maior rapidez".
Veja o vídeo com o áudio da fala de Delfim Netto abaixo:
Veja abaixo a lista dos signatários do AI-5
- Costa e Silva
- Luís Antônio da Gama e Silva
- Augusto Rademaker
- Aurélio de Lira Tavares
- José de Magalhães Pinto
- Antônio Delfim Netto
- Mário Andreazza
- Tarso Dutra
- Ivo Arzua Pereira
- Jarbas Passarinho
- Leonel Tavares Miranda de Albuquerque
- Márcio de Sousa Melo
- José Costa Cavalcanti
- Edmundo de Macedo Soares e Silva
- Hélio Beltrão
- Afonso Augusto de Albuquerque Lima
- Carlos Furtado de Simas