O economista e professor Delfim Netto declarou, em entrevista à rádio Bandeirantes nesta terça-feira (16), que a polícia não pode decidir quem deve ou não ser candidato e que se Lula pleitear a presidência da República, vota nele novamente.
“Não tenho a menor restrição. Deixemos o Lula ser candidato, se for a vontade do povo e com o meu voto, ele voltará à presidência”, declarou o economista.
Questionado sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato, Delfim Netto declarou que “foi uma liberação do povo. É preciso permitir que os eleitores escolham os candidatos de sua preferência, não cabe a polícia selecionar os candidatos”.
Delfim Netto também afirmou que “Lula tem sido, inclusive, objeto de uma perseguição ridícula, o governo de Lula foi bastante bom. Costuma-se confundi-lo com o de Dilma, que foi bastante ruim”.
Esta é a segunda vez, em menos de uma semana, que Delfim Netto comenta de forma positiva a anulação das condenações contra o ex-presidente Lula. Em entrevista ao Valor Econômico, Netto revelou que ficou "muito feliz em vê-lo em plena forma" e que "votaria nele sem dúvida".
“Ele tem uma técnica de reunir as pessoas e provocá-las. Eu assisti à reunião dele com Guido Mantega [ex-ministro da Fazenda] e Henrique Meirelles [ex-presidente do Banco Central] em que ele provocava os dois e depois arbitrava.”, declarou.
O economista também afirmou que, com uma eventual vitória de Lula, "não haveria qualquer reação contrária do mercado, já que o ex-presidente teve boa relação com empresários".