Renan Calheiros (MDB-AL) vai relatar a representação feita em 2020 pelo PSOL,PT e Rede no Conselho de Ética do Senado contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por suposta ligação com grupos milicianos do Rio de Janeiro.
O sorteio foi realizado nesta terça-feira (9) na sessão do colegiado, que voltou à ativa depois de um ano sem reuniões.
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A representação por quebra de decoro parlamentar contra o filho "01" de Jair Bolsonaro (PL) foi protocolada em fevereiro de 2020. Mas, só recebeu parecer favorável em 2023 e nesta terça Renan Calheiros foi sorteado relator do processo.
No procedimento disciplinar, os três partidos apontam "inúmeras as comprovações que denotam as íntimas relações do parlamentar com figuras centrais da milícia carioca, como é o caso da relação não escondida com o Capitão Nóbrega, morto no serão da Bahia, na cidade de Esplanada".
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Morto em fevereiro de 2020 na Bahia, o miliciano, que atuava no grupo de extermínio Escritório do Crime, de Rio das Pedras, teve a esposa, Danielle Mendonça da Costa, e a mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, empregadas em cargos comissionados no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Além de Nóbrega, a representação cita Fabrício Queiroz, ex-policial denunciado pelo Ministério Público como operador do suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flavio Bolsonaro quando ele era deputado estadual.
"Só de pessoas intimamente ligadas à milícia, o operador Queiroz recebeu 17 depósitos da mãe do miliciano, Raimunda Vera Magalhães, na época em que ela era assessora de Flavio Bolsonaro na Alerj", diz a representação - leia a íntegra.
Além de Flávio Bolsonaro, o Conselho de Ética aceitou a denúncia contra Marcos do Val (Podemos-ES) sobre o plano golpista discutido com Jair Bolsonaro. O caso será relatado por Jorge Seif (PL-SC).