RELIGIÃO E POLÍTICA

Erguei as mãos e dai glória a Deus: Senado aprova criação da “bancada católica”

Senado aprova criação de Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana antes do recesso parlamentar

Senador Marcos Pontes (PL), autor da proposta de criação da bancada.Créditos: /Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Em sua última sessão antes do recesso, o Senado aprovou a criação da Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana. A iniciativa, proposta pelo senador Marcos Pontes (PL), visa defender os princípios éticos, morais e doutrinários da religião católica. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) e outros nove senadores assinaram a proposta.

Segundo o projeto, a frente parlamentar será composta por senadores e deputados que compartilham os princípios da fé católica. O objetivo é representar e defender os interesses da significativa parcela da população brasileira que se identifica com a religião católica, garantindo que suas perspectivas e valores sejam considerados nas discussões legislativas.

A nova frente parlamentar acompanhará projetos de interesse da religião católica no Congresso Nacional e auxiliará os senadores na elaboração e votação de projetos alinhados aos seus objetivos. Marcos Pontes destacou que o Brasil possui o maior número de fiéis católicos no mundo, justificando a criação da frente parlamentar. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo inter-religioso e defender a liberdade religiosa, fortalecendo o princípio constitucional da laicidade do Estado e contribuindo para a coexistência harmoniosa de diversas crenças no país.

Aliança entre católicos e evangélicos e a influência no Congresso

A bancada católica, aliada aos "companheiros evangélicos", busca resistir a causas progressistas como aborto, eutanásia, casamento homossexual e arte com símbolos sagrados, além de lutar por pautas interseccionais, como em prol de comunidades terapêuticas para dependentes químicos.

Assim como os evangélicos, os católicos também realizam atividades religiosas semanais na Câmara, incluindo grupos de oração animados por músicas religiosas. A CNBB incentiva cristãos leigos a se envolverem na política, enquanto clérigos estão proibidos de assumir cargos públicos que envolvam o exercício do poder civil.

Pelo jeito, a luta por um Estado verdadeiramente laico caminha a passos largos... para trás!