LUDMILA LINS GRILO

VÍDEO: ex-juíza chama crime de abolição da democracia de “migué jurídico”

Ludmila Grilo participou de evento conservador nos EUA onde deu orientações de como continuar a fazer manifestações sem ser acusado de golpismo

A ex-juíza Ludmila Grilo em foto de 2021, com Olavo de Carvalho.Créditos: Redes Sociais
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A ex-juíza brasileira Ludmila Lins Grilo, que responde a três processos administrativos disciplinares (PADs) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou em evento conservador nos Estados Unidos que o crime de abolição da democracia é “migué jurídico”.

Além disso, ela também deu dicas no evento Congresso Conservador Brasileiro, no último fim de semana, em Massachusetts (EUA), de como continuar a fazer manifestações sem ser acusado de golpes. Segundo ela, novas manifestações não devem ocorrer em Brasília, mas sim em São Paulo: “Na Avenida Paulista não tem Praça dos Três Poderes para você ser acusado de golpe de Estado”.

“Na Avenida Paulista é infinitamente mais seguro você fazer uma manifestação política do que em Brasília. […] A gente tem que fazer na Paulista mesmo. Lá não tem STF, lá não tem Palácio do Planalto. Lá ninguém vai poder te acusar de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que é um ‘migué jurídico’, né?”, afirmou.

Ludmila Grilo

Ludmila Lins Grilo fazia parte da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG). Ela foi punida com aposentadoria compulsória pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em maio de 2023. Na ocasião, o CNJ a afastou do cargo e determinou a abertura de dois processos disciplinares contra a magistrada.

Em votação unânime, o colegiado entendeu que ela pode ter violado seus deveres funcionais e por isso irá investigar se ela atuou com negligência na gestão da vara e se fez manifestações de cunho político.

Ela ficou conhecida durante a pandemia da Covid-19, em janeiro de 2021, quando postou vídeo ensinando as pessoas a andarem sem máscara em shoppings, além de postar a hashtag “Aglomera Brasil”.

O evento

Além da ex-juíza, ainda participaram do evento o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o blogueiro foragido Allan dos Santos, o ex-deputado federal Major Vitor Hugo, do PL de Goiás, e advogados de pessoas que estão respondendo aos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.