Depois de causar vergonha alheia e virar motivo de piada na eleição passada, o “padre de festa junina” Kelmon Luis Souza, ou somente Padre Kelmon, volta à cena política, desta vez por conta da informação de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, afirmando que Bolsonaro está procurando o estado brasileiro que dê condições de Kelmon disputar a corrida ao Senado em 2026. Isso mesmo: o bolsonarismo, em sua tática de governar pelo ridículo e eleger figuras grotescas, aposta na bizarra figura do sacerdote que se diz cristão conservador.
Kelmon, que tentou emplacar uma candidatura à prefeitura de São Paulo pelo PRTB (ele foi candidato à presidência pelo PTB) viu seu plano frustrado ao ser preterido em disputa com o coach Pablo Marçal. Por isso já vislumbra sua filiação ao PL, partido de Bolsonaro, por onde disputaria a câmara alta do Congresso Nacional em 2026. O padre só não mudou mais de partido que de igreja: de 2022 até agora foi rejeitado pela Igreja Sirian Ortodoxa, que negou ter vínculos com ele durante as eleições, passando a integrar então a Igreja Católica Ortodoxa do Peru, de onde foi desligado ainda em 2022, e passou a fazer parte da Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, da qual também se desligou em 2023. O padre celebra missas na Ilha de Maré, ainda que questionado por muitos.
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Assim que definir sua nova cor partidária, Kelmon deve ser enviado por Bolsonaro para seu novo estado. As opções até agora passam por Roraima, Sergipe, São Paulo ou Bahia, terra natal do sacerdote. O religioso tem rodado cidades, principalmente no Nordeste, criando células do Foro do Brasil, do qual se apresenta como presidente nacional em suas redes. No dia 20 de julho, segundo ele, o Foro será lançado em João Pessoa, capital da Paraíba. Padre Kelmon tem destacado sua proximidade com Bolsonaro, de quem já recebeu a bizarra medalha de “Imbrochável“, “Incomível” e “Imorrível”.
Nesta terça-feira (16), em passagem pelo Recife, o padre deu entrevista ao blog "Ponto de Vista", onde falou do objetivo da criação do Foro do Brasil. “O objetivo do movimento Foro do Brasil é politizar mais ainda as pessoas. Estamos contentes e felizes que já vimos que o povo brasileiro está muito mais politizado, tomou consciência de que tudo parte de política. Precisamos gostar de política, mas nós precisamos ir um pouco mais além. Precisamos criar bases conservadoras cristãs, onde jovens disputarão eleições e oferecerão seus nomes para ocupar câmaras de vereadores e prefeituras, mas não só ocupar por ocupar”, disse Kelmon.
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Uma coisa é certa: o “arraiá” está armado para a reaparição do "padre de festa junina" na próxima eleição. Por onde será, não sabemos. Mas está garantido o festival de bizarrices em busca de uma vaga no Senado Federal.