O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reforçou nesta quinta-feira (20) que cabe ao PL indicar o nome do vice da chapa em que o emedebista concorrerá à reeleição, no pleito de outubro. Nunes aproveitou para desmentir rumores de que a cúpula do União Brasil estaria desgostosa da escolha do ex-PM bolsonarista Ricardo Mello Araújo a ponto de abandonar a coalizão formada por 12 partidos.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, reuniu dirigentes de todos os partidos que formam a chapa de apoio a Nunes para um jantar no Palácio dos Bandeirantes, na noite de quarta-feira (19). O União Brasil não mandou representante.
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Na ocasião, ficou definido que a prerrogativa de escolha do nome para o posto de vice-prefeito na chapa de Nunes é do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, cabo eleitoral do ex-PM coronel Mello, favorito para o posto.
"União Brasil já havia participado da reunião ontem, mas por telefone, não presencialmente", explicou o prefeito.
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"Hoje estive com o presidente nacional do União Brasil [Antonio Rueda] e com o presidente [da Câmara dos Vereadores] Milton Leite, tudo 100% alinhado e ajustado, não existe nenhum ruído", acrescentou.
Nunes diz que não tem sido pressionado a escolher logo o seu vice, mas ele mesmo desistiu de esperar até as convenções partidárias – marcadas para entre o final de julho e o início de agosto – para anunciar o nome do seu futuro companheiro de chapa. O prefeito não admite preferência, mas já se disse "encantado" pelo currículo do coronel.
A entrada na disputa eleitoral dos pré-candidatos José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), que teoricamente competem pelo mesmo eleitorado do prefeito, somada à pressão pública exercida duplamente por Bolsonaro e Tarcísio para a escolha do ex-comandante da Rota seriam os principais motivos para a mudança de estratégia.
"O que ficou da definição de que o vice será do PL, o maior partido da nossa coligação e o anúncio será feito pelo governador Tarcísio nas próximas horas. Acredito que isso ficará para amanhã [sexta-feira, dia 21]", admitiu Nunes.
"Se for o coronel Mello, tanto o União Brasil quanto todos os outros partidos estão juntos, se for outro nome, todos estarão juntos", finalizou.
*Júlio Costa Barros é jornalista.