Nesta semana, diversos influenciadores e ativistas se posicionaram contra o chamado 'PL da Gravidez Infantil', um projeto de lei criado por Nikolas Ferreira, Carla Zambelli e outros parlamentares de extrema direita que defende a equiparação do aborto ao crime de homicídio. Uma das vozes que se levantou contra o PL 1904/24 foi a do comediante e ator Paulo Vieira.
O novo PL iguala o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive no casos de gravidez resultante de estupro.
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No argumento em favor do PL, os deputados bolsonaristas afirmam que a lei que criminaliza o aborto (e atualmente prevê pena de três anos para as mulheres que abortam fora dos casos legais) é muito "permissiva".
“Em 1940, quando foi promulgado o Código Penal, um aborto de último trimestre era uma realidade impensável e, se fosse possível, ninguém o chamaria de aborto, mas de homicídio ou infanticídio”, apontaram os autores da proposta.
Caso o PL seja aprovada, uma mulher poderia passar de seis a vinte anos na cadeia por não querer ter um filho. A lei valeria inclusive para crianças vítimas de estupro.
O ator Paulo Vieira escancarou a hipocrisia de tal projeto.
"A pessoa é estuprada. Aí ela fica grávida. Aí ela faz um aborto do estupro. Aí ela é PRESA. Aí,s e o estuprador for preso, ele pega 6 anos. Ela pode pegar 20 ANOS DE PRISÃO! A vida de uma mulher vale menos que a de um estuprador. Isso é um resumo dessa desgraça de PL", disse o ator no X.
Atualmente, o projeto está na Mesa Diretora, que deve votar a urgência do projeto no Plenário. Se o projeto for pautado e a urgência for aprovada, ele não terá de passar pelo trâmite de comissões e poderá ser votado na Câmara dos Deputados.