Levantamento divulgado pela Genial/Quaest nesta quinta-feira (9) revela que 68% dos brasileiros consideram que Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, é o responsável pela tragédia ambiental que colocou quase todo o estado gaúcho embaixo d'água. Em seguida aparece a prefeitura de Porto Alegre (64%) e o governo federal (59%).
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A pesquiisa Genial/Quaest também revela que 53% dos brasileiros aprovam a atuação do governo Lula no combate às enchentes no Rio Grande do Sul.
Além da gestão federal, também foi avaliada a atuação da prefeitura de Porto Alegre, representada pelo prefeito Sebastião Melo, e do governo estadual do Rio Grande do Sul, representado pelo governador Eduardo Leite, os quais contam com aprovação de 59% e 54%, respectivamente.
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O levantamento também aponta que 88% dos brasileiros avaliam positivamente a atuação da população local. A pesquisa buscou ainda analisar a percepção das pessoas sobre a atuação de influencers e artistas, os quais foram aprovados por 73%; líderes locais (72%); igrejas (70%) e empresas (65%).
Para o diretor da Quaest, o sociólogo Felipe Nunes, os altos índices de aprovação revelam "uma clara demonstração de consternação nacional com o que acontece no sul do país".
O estudo indica que, ao mesmo tempo em que a população aprova as ações dos governos locais e nacionais, ela também envia uma mensagem: 70% dos brasileiros acreditam que a tragédia do Rio Grande do Sul poderia ter sido evitada com obras e investimentos em infraestrutura. Apenas 30% acreditam que nada poderia ter sido feito.
Além disso, a pesquisa revela que para 64% dos entrevistados a relação entre enchentes e a conscientização sobre as mudanças climáticas é direta; 64% afirmam que essa ligação é total e 30% que é parcial.
Segundo Felipe Nunes, o estudo mostra que "mais de 90% dos brasileiros reconhecem a existência de mudanças climáticas no país".
O levantamento também identificou que 96% dos entrevistados percebem um aumento na intensidade dos fenômenos climáticos.
Outro dado importante é que a associação entre as mudanças climáticas e a ação humana caiu de 73% para 58%, enquanto cresceu de 7% para 27% aqueles que acreditam que se trata de "fatores combinados".
A pesquisa investigou também quais soluções são consideradas mais efetivas para mudar esse quadro. A preservação ou criação de áreas verdes parece ser a opinião majoritária (36%); ações de educação somam 17%; e cuidados com encostas e rios totalizam 10%.
O estudo entrevistou presencialmente 2.045 brasileiros com 16 anos ou mais em todos os estados do país. O grau de confiabilidade é de 95% e a margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais.