BOMBAS E STALKING

Sargento preso por ameaça à família de Moraes está lotado no Comando da Marinha

Raul Fonseca de Oliveira, preso juntamente com o irmão por ameaças e perseguição à família do ministro, responde a duas ações na Justiça Militar por insubordinação e abandono de posto.

Alexandre de Moraes.Créditos: Fellipe Sampaio/SCO/STF
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O segundo-sargento Raul Fonseca de Oliveira, preso na manhã desta sexta-feira (31) juntamente com o irmão por ameaças à família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está lotado no Comando da Marinha, no Rio de Janeiro, e atua no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e no Sistema de Administração Financeira (Siafi).

As informações constam do registro de servidor no portal Transparência, do governo federal, que revela ainda que o militar da Marinha tem salário mensal bruto no valor de R$ 8.252,10.

O segundo-sargento também é alvo de ao menos dois processos no Superior Tribunal Militar (STM): um deles por desacato e insubordinação e outro por abandono de posto.

Oliveira teria sido preso na capital fluminense, enquanto o irmão, que não teve o nome divulgado até o momento, foi preso na Vila Clementino, bairro nobre da zona sul de São Paulo.

A operação foi desencadeada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação teve início em abril, quando e-mails anônimos enviados ao STF ameaçavam a família do ministro com uso de bombas, dizendo que sabiam do itinerário da filha dele.

Moraes é casado com a advogada Viviane Barci de Moraes, com quem tem três filhos: Gabriela, Giuliana e Alexandre. Os crimes investigados são ameaça e perseguição (stalking) à família do ministro.