GENOCÍDIO NA PALESTINA

Lobista do genocídio em Gaza, André Mendonça afronta Lula na Marcha para Jesus

Terrivelmente evangélico, que fez tour por Israel pago por ONG sionista, Mendonça abusou da hipocrisia ao defender a carnificina perpetrada por Benjamin Netanyahu em evento religioso.

Jair Bolsonaro e André Mendonça, o "terrivelmente evangélico" defensor do genocídio na Palestina.Créditos: Alan Santos/PR
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Fazendo lobby descarado para o governo genocida de Benjamin Netanyahu após fazer um tour por Israel patrocinado por entidades sionistas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça fez uma afronta ao presidente Lula, que caminha para romper relações com o governo israelense em meio à escalada da carnificina em Gaza.

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Na mesma semana em que Lula decidiu remover o embaixador brasileiro de Tel Aviv e recebeu manifesto de artistas e intelectuais - inclusive de origem judaica - para romper relações com Netanyahu, o "terrivelmente evangélico" Mendonça disse ter "ouvido de autoridades de Israel" que as relações com o Brasil não foram concretizadas por causa do "povo evangélico".

“Eu ouvi de autoridades de Israel que as relações diplomáticas só não foram encerradas por conta do amor do povo judeu pelo povo brasileiro. Hoje, as relações permanecem por conta do povo de Deus do Brasil e, de modo especial, pelo povo evangélico. Em segundo lugar, quero dizer a você que o nosso Brasil depende da oração do povo evangélico”, disse Mendonça no ato, que teve mais uma vez forte conotação política e eleitoral.

Sem tocar na ação covarde de Israel em Gaza, que já deixou mais de 36 mil mortos, e acossou o povo palestino em Rafah - onde o exército sionista atacou um campo de refugiados -, Mendonça disse que "os terroristas perderam seus corações, porque foram capazes das piores crueldades".

"E o povo de Israel quer a devolução daqueles que foram sequestrados. Tenho certeza e serei o primeiro a defender que, com a devolução dos reféns, a guerra termine imediatamente", emendou.

Alçado ao STF por Jair Bolsonaro (PL), que foi acusado de genocídio pelas mais de 700 mil mortes por Covid-19 no Brasil, Mendonça abusou da hipocrisia ao dizer que este é o “momento de maior perseguição que o povo de Israel sofre” desde o holocausto.

"O Brasil ainda precisa de muita presença de Deus e de muita transformação. Precisa introjetar os valores do reino de Deus. O que posso dizer é que a nossa caminhada exige foco, perseverança e determinação. Não é no nosso tempo, é no tempo de Deus”, disse o ministro, juiz da Suprema Corte, de um país laico.