LAVAJATISMO

Gabriela Hardt: substituta de Moro responde a denúncias de Tony Garcia no STF e CNJ

As ações são baseadas em denúncias apresentados pelo ex-deputado e empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, que diz ter servido como "agente infiltrado de Moro na Lava Jato".

Gabriela Hardt e Sergio Moro.Créditos: Reprodução/Redes sociais
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Afastada da Lava Jato sob suspeita de atuar em conluio com Sergio Moro e procuradores comandados por Deltan Dallagnol, a juíza Gabriela Hardt, alvo de processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem outras duas contas a acertar: uma segundo no mesmo CNJ e outra no Supremo Tribunal Federal.

As ações são baseadas em denúncias apresentados pelo ex-deputado e empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, que diz ter servido como "agente infiltrado de Moro na Lava Jato". Os processos correm em sigilo.

No CNJ, Garcia fez uma representação disciplinar contra a magistrada alegando que ela ignorou, em 2021, as denúncias levadas por ele na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde Gabriela substituiu Moro.

No cargo, a juíza rescindiu o acordo de delação do ex-deputado em novembro de 2022, atendendo a pedido feito em 2018 pelo Ministério Público Federal (MPF).

Em abril de 2023, o juiz Eduardo Appio, que também atuou na 13ª Vara de Curitiba, enviou ao STF uma petição sobre o relato de Garcia de ter sido ignorado pela juíza nas denúncias de que atuava como agente infiltrado de Moro.

Barroso

Gabriela Hardt também responde, juntamente com Moro, a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na correição feita pelo ministro Luís Felipe Salomão.

Para conter a abertura do PAD, o ex-juiz conta com a ação direta de Barroso, simpatizante histórico da Lava Jato, que vê "revanchismo" nas investigações de crimes pelos membros da força-tarefa.

Em 16 de abril, quando o processo entrou na pauta, Barroso reverteu a decisão que havia afastado Gabriela Hardt e Danilo Pereira - atual titular da 13ª Vara -, classificando como “ilegítima, arbitrária e desnecessária” a decisão do corregedor.

Barroso também pediu vista ao processo, que não mais voltou à pauta. Responsável pelas ações que serão debatidas, o presidente do STF - e, por extensão, do CNJ - não devolveu o processo para apreciação na sessão de 21 de maio e, tampouco, colocou na pauta da próxima reunião do colegiado, que acontece nesta terça-feira, dia 28.

Moro - e Gabriela, por extensão - conta com Barroso para arquivar o processo, se livrando de um possível inquérito do Ministério Público Federal para apurar os indícios de crime em sua conduta quando ainda desfrutava das benesses da magistratura para fazer politicagem.

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