Depois do “circo” montado por deputados bolsonaristas numa “audiência” no Congresso dos EUA, em que apareceram vandalizando a imagem do Brasil e implorando por interferência de um governo estrangeiro nas questões políticas internas nacionais, agora veio a conta da “brincadeira”.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF) pediram reembolsos de passagens aéreas e diárias “de trabalho” pelo tempo que ficaram perambulando pela capital estadunidense para falar mal do governo do presidente Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal, em especial do ministro Alexandre de Moraes.
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O papo de maluco naquela oportunidade era o de que “há uma ditadura no Brasil”, assim como “presos políticos” e “exilados”. Em suma, mais uma dose de conversa fiada para alimentar a bolha da extrema direita, sedenta por bobajadas do tipo. O pior é que a “comitiva” foi para o território norte-americano na primeira semana deste mês, no auge da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.
A colunista Bela Megale, do diário carioca O Globo, reporta que Eduardo Bolsonaro já recebeu R$ 8.692,11 pela passagem que comprou para ir de Guarulhos (SP) a Washington, enquanto Gayer, Nikolas e Bia foram reembolsados pelas “diárias”, o que resultou num gasto de mais de R$ 32 mil para o contribuinte.
Farra com dinheiro público e papo de maluco
Enquanto o Rio Grande do Sul vivia o pior momento da tragédia climática mais devastadora de sua história, com assustadoras enchentes que atingiram todo o estado, a trupe de parlamentares bolsonaristas foi aos EUA para pedir sanções ao Brasil.
Em vez de utilizarem sua influência e papel para pedir apoio financeiro à maior economia do mundo para os gaúchos, os bolsonaristas foram pressionar congressistas norte-americanos para denunciar falsamente o Brasil como uma ditadura.
Mas os parlamentares foram levaram uma prensa de seus homólogos democratas dos EUA. Notoriamente, a deputada Susan Wild criticou a audiência pública. Ela disse que nosso país vive uma democracia forte e vibrante, e que em "todas as democracias, há debates saudáveis a serem travados sobre aspectos das instituições do país. e política interna e debates sobre questões constitucionais e jurídicas devem ser decididas pelo povo brasileiro”, salientando ainda que “o Congresso dos EUA não é o foro para isso”.
Além dos políticos eleitos, militantes bolsonaristas como Allan dos Santos, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino também estiveram presentes no “circo” da extrema direita dentro do Capitólio dos EUA.