GASTANÇA SEM DÓ

Bolsonaristas foram reembolsados pelos gastos do “circo” no Congresso dos EUA

Veja valores da farra “oficial”. Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira e Bia Kicis foram a Washington para “audiência” em que ficaram atacando governo brasileiro e o STF

Parlamentares bolsonaristas em "audiência" no Congresso dos EUA.Créditos: Instagram/Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

Depois do “circo” montado por deputados bolsonaristas numa “audiência” no Congresso dos EUA, em que apareceram vandalizando a imagem do Brasil e implorando por interferência de um governo estrangeiro nas questões políticas internas nacionais, agora veio a conta da “brincadeira”.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF) pediram reembolsos de passagens aéreas e diárias “de trabalho” pelo tempo que ficaram perambulando pela capital estadunidense para falar mal do governo do presidente Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal, em especial do ministro Alexandre de Moraes.

O papo de maluco naquela oportunidade era o de que “há uma ditadura no Brasil”, assim como “presos políticos” e “exilados”. Em suma, mais uma dose de conversa fiada para alimentar a bolha da extrema direita, sedenta por bobajadas do tipo. O pior é que a “comitiva” foi para o território norte-americano na primeira semana deste mês, no auge da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.

A colunista Bela Megale, do diário carioca O Globo, reporta que Eduardo Bolsonaro já recebeu R$ 8.692,11 pela passagem que comprou para ir de Guarulhos (SP) a Washington, enquanto Gayer, Nikolas e Bia foram reembolsados pelas “diárias”, o que resultou num gasto de mais de R$ 32 mil para o contribuinte.

Farra com dinheiro público e papo de maluco

Enquanto o Rio Grande do Sul vivia o pior momento da tragédia climática mais devastadora de sua história, com assustadoras enchentes que atingiram todo o estado, a trupe de parlamentares bolsonaristas foi aos EUA para pedir sanções ao Brasil.

Em vez de utilizarem sua influência e papel para pedir apoio financeiro à maior economia do mundo para os gaúchos, os bolsonaristas foram pressionar congressistas norte-americanos para denunciar falsamente o Brasil como uma ditadura.

Mas os parlamentares foram levaram uma prensa de seus homólogos democratas dos EUA. Notoriamente, a deputada Susan Wild criticou a audiência pública. Ela disse que nosso país vive uma democracia forte e vibrante, e que em "todas as democracias, há debates saudáveis a serem travados sobre aspectos das instituições do país. e política interna e debates sobre questões constitucionais e jurídicas devem ser decididas pelo povo brasileiro”, salientando ainda que “o Congresso dos EUA não é o foro para isso”.

Além dos políticos eleitos, militantes bolsonaristas como Allan dos Santos, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino também estiveram presentes no “circo” da extrema direita dentro do Capitólio dos EUA.