No topo da lista de maiores propagadores de fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi derrotado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara ao propor uma moção de repúdio a Lula por uma mentira que ele mesmo propagou.
O filho "03" de Bolsonaro propôs repúdio a Lula porque, segundo a mentira propagada por ele, o governo teria recusado ajuda do Uruguai, que chegou a oferecer aviões e drones para ajudar na tragédia climática gaúcha.
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A informação havia sido divulgada pela Folha de S.Paulo, mas foi desmentida em nota pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).
"Um helicóptero emprestado pelo país vizinho e amigo está em operação no estado, aparelho de grande valia para o auxílio dos socorristas. O Brasil é grato ao Uruguai pelo pronto-auxílio", afirmou a Secom, que ponderou ainda que não haviam à época como receber aviões no Estado, devido à situação dos principais aeroportos da região, que ficaram alagados.
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"Juntamente com o helicóptero, o Uruguai também ofereceu um modelo específico de avião. Neste caso, a avaliação técnica foi a de que o aparelho, em razão de suas características, não seria adequado para o tipo de operação exigida e a infraestrutura aeroportuária disponível. Considerando ainda que já há no Rio Grande do Sul avião em operação da frota brasileira com a mesma funcionalidade do ofertado, a conclusão foi a de que não havia necessidade desse tipo de aeronave", diz o texto.
Os argumentos foram levados à Comissão de Relações Exteriores pelos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Florentino Neto (PT-PI) para rebater Eduardo Bolsonaro.
“Alguém de fato acredita que o Lula ia entrar em uma gelada dessas?”, disse Chinaglia, que ainda lembrou que o próprio embaixador Guillermo Valles, desmentiu a fake news. O requerimento de Eduardo Bolsonaro acabou rejeitado por 14 votos a 12 na comissão, dominada por aliados do ex-presidente.