O governo federal instalará uma autoridade federal no Rio Grande do Sul pelo menos até que a situação de calamidade no estado se encerre, confirmou na tarde desta terça-feira (14) o ministro Rui Costa, da Casa Civil. O gabinete com um nome designado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará incumbido de dialogar diretamente com as autoridades gaúchas, representando o Planalto, nas questões relacionadas às ações que serão levadas a cabo após a catástrofe provocada pelas chuvas e enchentes.
Embora não tenham sido apresentados detalhes como funcionará essa autoridade federal, o que se sabe é que todo o processo de reconstrução e recuperação daquilo que foi devastado, passando aí por questões financeiras, estarão a cargo desse servidor a ser indicado pelo presidente da República já nesta quarta-feira (15).
“O presidente anunciou que pretende colocar alguém para representar, pelo menos durante os primeiros meses, o governo federal”, confirmou Rui Costa durante uma entrevista esta tarde ao canal a cabo de notícias GloboNews.
Apesar de não existirem confirmações, o nome mais cotado para assumir a autoridade federal no Rio Grande do Sul é o do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolf, que já vem liderando ações em território gaúcho desde os primeiros dias da tragédia climática. Para que tenha uma estrutura clara e dentro da lei, o desenho organizacional deste órgão federal excepcional e temporário está sendo traçado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
“Acredito que deve ser nos moldes do que aconteceu nas Olimpíadas. Tem uma grande equipe do governo federal que, de alguma forma, apoia o governo do estado nas grandes obras, construção da infraestrutura resiliente e que tenha recurso financeiro e pessoal adequado para que se façam essas obras no menor tempo possível”, explicou Wolf, o mais indicado para o posto, numa referência à Autoridade Pública Olímpica, instalada também em caráter extraordinário para o período das Olimpíadas de 2016, realizadas no Rio de Janeiro.