Resultados de pesquisa Genial/Quaest, realizada entre 2 e 6 de maio, aponta que a maioria dos entrevistados rejeita a tese defendida pelo bolsonarismo, sem provas, de que as eleições de 2022 teriam sido fraudadas.
A sondagem aponta que 56% discordam de que teria havido fraude na votação, enquanto 35% concordam e 1% são indiferentes. Os outros 8% não sabem ou não responderam.
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Os entrevistados com nível de educação superior são os que mais discordam, quando se separaram os grupos por escolaridade, chegando a 59%. Por faixa etária, 57% das pessoas entre 16 a 34 anos são contrários à tese da fraude, mesmo índice de pessoas com 60 anos ou mais.
Os homens são os que mais acreditam na ideia de fraude, com 39%, contra 32% das mulheres. Quando se analisam os segmentos por religião, 30% dos católicos acreditam em fraude e 62%, não. Entre os evangélicos, 46% concordam e 45%, discordam.
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A pesquisa Quaest ouviu 2.045 pessoas em entrevistas presenciais em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
"Fraude nas urnas" é tese repetida sem evidências
Desde antes da derrota nas eleições de 2022 o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscava colocar em dúvida a segurança do sistema de votação eletrônica, sempre sem apresentar qualquer evidência.
Em depoimento prestado à Polícia Federal em março, o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior disse que alertou o próprio Bolsonaro de que não houve fraude nas eleições de 2022, com base nos resultados obtidos pela Comissão de Fiscalização do Ministério da Defesa. Mesmo assim, o então presidente se recusou a reconhecer publicamente a derrota.
Em junho de 2023, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também desmentiu a narrativa sobre fraude no sistema de votação do TSE em depoimento dado no próprio Tribunal.
"A Polícia Federal nunca apresentou, pelo menos para mim, o resultado de alguma investigação que concluísse, que pudesse garantir que existia fraude na eleição [...]. O resultado da eleição foi o que as urnas trouxeram. O processo democrático foi cumprido. O vencedor tomou posse e está exercendo seu mandato livremente", disse ele.