Cassado em 2017 após tatuar "Temer", em referência ao presidente golpista Michel Temer (MDB) após o golpe contra Dilma Rousseff (PT), o ex-deputado Wladimir Costa (Solidariedade-PA) foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (18) no aeroporto de Belém.
Segundo a PF, a prisão preventiva de Costa "foi deferida em razão da prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra deputada federal por meio das redes sociais".
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O último alvo do ex-deputado foi a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA), que teve sua vida íntima exposta nas redes por Costa.
Em janeiro de 2023, o ex-deputado já havia cumprido pena de nove meses em regime aberto por ter sido condenado por ofensas divulgadas na internet contra artistas como Glória Pires e Wagner Moura.
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Em 2017, quando ainda atuava como deputado, Costa foi alvo de uma representação no Conselho de Ética da Câmara por assédio moral e sexual contra a jornalista Basília Rodrigues, que à época trabalhava na CBN.
Após tatuar o nome de Temer, Costa recebeu R$ 7 milhões em verba para emendas parlamentares, de acordo com um levantamento da ONG Contas Abertas.
R$ 1,2 mil
Após o golpe, Costa afirmou que gastou R$ 1,2 mil para tatuar o sobrenome do ex-presidente golpista no ombro.
"Cada um com suas paixões. É comum ver pessoas tatuadas com nomes de Che Chevara, Marighella e Fidel Castro, e por que não o nome de Temer que é um dos maiores estadistas da Nova República?", justificou.
Costa também defendeu Jair Bolsonaro, então deputado pelo PSC-RJ, no projeto em que ele atacou Maria do Rosário (PT-RS) dizendo à parlamentar que ele não "a estupraria porque ele não merecia".
“Eu já defendi o deputado Bolsonaro três vezes no conselho de Ética e o defenderei pela quarta, quinta e quantas vezes for necessário [sic], pois batemos de frente, enfrentando esses esquerdopatas. Portanto, pagamos um preço muito alto por isso”, disse em publicação no Facebook, onde tem o perfil bloqueado por decisão judicial.