Ana Rachel Targino Queiroz Velloso Ribeiro, ex-esposa do parlamentar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o denunciou por violência física, psicológica, moral e patrimonial, além de solicitar ações de proteção. Embora a queixa tenha sido apresentada à Justiça em 2 de abril, só foi divulgada na quinta-feira (11). Ela pede o enquadramento na Lei Maria da Penha.
Inclusive, esses foram os motivos para a separação do casal. A petição inclui um segmento que detalha algumas das agressões, afirmando por exemplo, que Aguinaldo confinou Ana Rachel em um quarto várias vezes, onde teria sido coagida a não se divorciar ou abandonar o lar.
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O processo cita ainda um exemplo de violência patrimonial, em que Ana Rachel, tentando escapar das agressões, viajou para os Estados Unidos. No entanto, o acesso aos fundos familiares foi bloqueado, deixando-a sem meios para se sustentar e forçando-a a retornar para João Pessoa. A acusação também sugere fraudes e estelionato na divisão de bens durante algumas transações comerciais do casal.
Até o momento, Ana Rachel solicitou a implementação de 18 medidas de proteção, como a proibição de contato, o cancelamento de alterações contratuais praticadas por ele em empresas do casal, o retorno ao imóvel do casal junto com as filhas e o fornecimento de alimentos para ela e as filhas em 40 salários mínimos. O pedido de defesa da ex-esposa recebeu um pronunciamento do Ministério Público.
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O Promotor de Justiça, Rogério Rodrigues Lucas de Oliveira, concedeu ao deputado um período de cinco dias para apresentar sua defesa. Segundo os dados do processo, Aguinaldo recebeu uma intimação por telefone para se defender no dia 8 de abril.
Quem é Aguinaldo Ribeiro
Aguinaldo é nascido em Campina Grande, na Paraíba, pertence a uma linhagem de políticos e exercia a profissão de engenheiro antes de ingressar na política. Foi eleito em 2003 como deputado estadual e depois para a Câmara Federal em 2011, onde continua até o presente momento. Ele também foi líder da maioria no governo Bolsonaro entre 2019 e 2021.
Membro da bancada evangélica do Congresso, o deputado sugeriu a utilização de fundos do FGTS para financiar a edificação de locais de culto e propôs a isenção de “organizações religiosas” do pagamento de contribuições previdenciárias. Pelas redes sociais, Aguinaldo publicou uma nota dizendo que “ficou abismado com o vazamento da petição” e que "valoriza a integridade e o respeito nas relações familiares".