FIM DO MISTÉRIO

Milícia filiou um integrante no PSOL para monitorar Marielle Franco

Revelação de informação mostra sofisticação da organização criminosa do Rio de Janeiro para pôr em prática assassinato de vereadora

Créditos: Wikimedia Commons
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Com a suspensão do sigilo do inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco, que neste domingo (24) levou à cadeia os três mandantes pelo homicídio dela e de seu motorista, Anderson Gomes, nomeadamente os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente conselheiro do TCE do Rio e deputado federal, além do delegado-geral da Polícia Civil fluminense à época, Rivaldo Barbosa, uma informação veio à tona e chamou a atenção mostrando o nível de sofisticação da milícia que planejou o assassinato da parlamentar carioca.

Um integrante dessa organização criminosa sediada em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, foi infiltrado no PSOL, partido da vereadora, para monitorá-la mais de perto. De acordo com os investigadores, Laerte da Silva Lima entrou para a legenda política e passou então a seguir os passos do alvo da milícia, que acabou morta em março de 2018.

O nome do miliciano não exatamente uma novidade para a Polícia Federal. Ainda em 2019, menos de um ano após o crime, a Operação Os Intocáveis, dirigida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu inúmeros integrantes da quadrilha de Rio das Pedras, entre ele o ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega. Nessa mesma investigação, Laerte foi detido também, já suspeito de ter algum tipo de relação com a morte de Marielle e Anderson. Àquela época, ele foi descrito como “o braço armado da milícia de Rio das Pedras” pelos componentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

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