Com a suspensão do sigilo do inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco, que neste domingo (24) levou à cadeia os três mandantes pelo homicídio dela e de seu motorista, Anderson Gomes, nomeadamente os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente conselheiro do TCE do Rio e deputado federal, além do delegado-geral da Polícia Civil fluminense à época, Rivaldo Barbosa, uma informação veio à tona e chamou a atenção mostrando o nível de sofisticação da milícia que planejou o assassinato da parlamentar carioca.
Um integrante dessa organização criminosa sediada em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, foi infiltrado no PSOL, partido da vereadora, para monitorá-la mais de perto. De acordo com os investigadores, Laerte da Silva Lima entrou para a legenda política e passou então a seguir os passos do alvo da milícia, que acabou morta em março de 2018.
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O nome do miliciano não exatamente uma novidade para a Polícia Federal. Ainda em 2019, menos de um ano após o crime, a Operação Os Intocáveis, dirigida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu inúmeros integrantes da quadrilha de Rio das Pedras, entre ele o ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega. Nessa mesma investigação, Laerte foi detido também, já suspeito de ter algum tipo de relação com a morte de Marielle e Anderson. Àquela época, ele foi descrito como “o braço armado da milícia de Rio das Pedras” pelos componentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).