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Datafolha: Aprovação e reprovação do Governo Lula estão em empate técnico

A última pesquisa do instituto foi publicada em dezembro do ano passado. Na ocasião o Governo Lula tinha 38% de aprovação contra 30% de rejeição

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República.Créditos: Ricardo Stuckert
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Uma pesquisa Datafolha sobre a popularidade do Governo Lula (PT) divulgada nesta quinta-feira (21) mostra que a aprovação e a reprovação da gestão do mandatário estão em empate técnico.

Entre os que aprovam o Governo Lula, ou seja, o consideram ótimo ou bom, ficaram 35% dos entrevistados. Já aqueles que o consideram ruim ou péssimo foram a 33%. Dada a margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos, é possível dizer que aprovação e reprovação estão em empate técnico.

Aqueles que avaliam o governo Lula como regular foram 30% dos entrevistados. A pesquisa ouviu 2002 pessoas em 147 municípios brasileiros entre terça (19) e quarta-feira (20).

A última pesquisa do instituto foi publicada em dezembro do ano passado. Na ocasião o Governo Lula tinha 38% de aprovação contra 30% de rejeição. Nas consultas anteriores, ocorridas em março, junho e setembro de 2023, os patamares estão nos níveis de dezembro. A única exceção é que em junho a reprovação do governo era mais baixa: 27%

Levando em consideração a nova pesquisa, um alerta se acende no governo com a leve queda de popularidade. Entre as polêmicas que possam ter feito o governo perder prestígio entre simpatizantes estão o pronunciamento do ministro Ricardo Lewandowski a respeito das investigações do assassinato de Marielle Franco – muito mal recebido pelas bases – e as recentes declarações e ordens para que os 60 anos do golpe militar não sejam rememorados em protesto.

Por outro lado, trafegando pela direita, a manifestação de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista no final de fevereiro deu novo fôlego ao amplo antipetismo ainda presente na sociedade e a fala sobre o genocídio palestino em Gaza, ainda que correta, foi muito mal recebida pelos setores evangélicos especificamente, e conservadores como um todo.

Entre os evangélicos, por exemplo, 43% desaprovam o governo, contra 25% que o aprovam. Entre os católicos a cifra se inverte: 43% de aprovação e 27% de rejeição.

Além disso, conforme apontado por recente pesquisa da Quaest, as altas nos preços dos alimentos também pesaram contra o governo, apesar de não ser sua culpa direta, na queda de popularidade entre as classes trabalhadoras.