Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (20), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), confirmou, após reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que os 261 móveis e mobílias de residências e prédios oficias do governo que tinham "sumido" ao final do governo Bolsonaro, principalmente do Palácio da Alvorada, foram encontrados.
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, em janeiro de 2023, várias partes do Palácio da Alvorada estavam abandonadas e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, chegou a mostrar para a imprensa infiltrações, janelas quebradas, itens com má conservação e disposições diferentes das mobílias e obras de arte - que são patrimônio público. Além disso, a equipe palaciana de Lula constatou que 261 móveis tinham "sumido" da residência oficial.
Diante da notícia de que os móveis foram encontrados, bolsonaristas e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a acusar Lula de ter feito "falsa comunicação de furto". No comunicado oficial sobre o caso, entretanto, a Secom informou que os itens em questão foram encontrados "em depósitos externos ao Palácio", e que foi justamente o governo anterior que não tinha controle sobre onde estavam esses artigos.
"O relatório, que diz que 261 itens não haviam sido localizados, foi emitido no dia 4 de janeiro de 2023, concluindo um trabalho iniciado em 18/11/2022, feito durante o governo Bolsonaro, e finalizado pela equipe do governo anterior. Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os itens era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos externos ao Palácio da Alvorada e sem efetivo controle patrimonial", diz trecho da nota.
O governo Lula informa ainda, que somente no segundo semestre de 2023 foi concluída "a busca por todos os itens que não foram localizados durante a gestão Bolsonaro em diversas dependências diferentes da Presidência da República – não só no Alvorada", adicionando que "foi o governo atual que localizou esse patrimônio".
Leia a íntegra do comunicado abaixo
"O relatório, que diz que 261 itens não haviam sido localizados, foi emitido no dia 4 de janeiro de 2023, concluindo um trabalho iniciado em 18/11/2022, feito durante o governo Bolsonaro, e finalizado pela equipe do governo anterior. Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os itens era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos externos ao Palácio da Alvorada e sem efetivo controle patrimonial.
Só no segundo semestre de 2023 o atual governo concluiu a busca por todos os itens que não foram localizados durante a gestão Bolsonaro em diversas dependências diferentes da Presidência da República – não só no Alvorada. Foi o governo atual que localizou esse patrimônio.
Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são necessariamente de mesma natureza dos itens do relatório citado. Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas.
Também não quer dizer que os 261 itens encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõem o patrimônio e mobiliário presidencial.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom / PR)"