Os anos de insultos, agressividade e de autoritarismo de Jair Bolsonaro (PL) cada vez mais vêm lhe trazendo uma “má sorte” após sua saída do Palácio do Planalto. O ex-presidente, que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pagar uma multa de R$ 70 mil por ter impulsionado propagandas eleitorais atacando Lula (PT) nas eleições de 2022, o que é proibido por lei, já que o candidato só poder veicular peças falando de si próprio, resolveu recorrer da sentença no STF, mas adivinhem que foi o relator sorteado para analisar o caso.
Sim, Flávio Dino, ex-ministro de Lula e que passou o primeiro ano do terceiro mandato do petista sendo achincalhado e ofendido por Bolsonaro diariamente. Na narrativa rocambolesca dos bolsonaristas para tentarem se livrar da responsabilidade dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, Dino tornou-se o bode expiatório da extrema direita e preferencialmente do líder radical que um dia ocupou o Palácio da Alvorada. Era chamado de “gordo”, de “comunista” e acusado de ter sido o responsável pelo golpe contra o próprio governo e que notoriamente foi praticado pelos adversários.
A decisão do TSE afirma que o tribunal entendeu que Bolsonaro e seus parceiros de coligação não só praticaram um crime eleitoral ao usar os impulsionamentos para atacar Lula, como também fizeram isso de forma que não ficava claro nos anúncios quem eram os autores daquelas peças veiculadas.
A escolha de Dino, como todas do STF, foi feita por sorteio e ainda não há data para o julgamento do recurso do ex-presidente da República.