A apreensão parece ter tomado conta do clã Bolsonaro e de alguns de seus principais aliados, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), diante da megaoperação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8) que mirou Jair Bolsonaro, ex-assessores e militares próximos, inclusive com mandados de prisão, por supostamente integrarem uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado no Brasil.
Tal como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outras lideranças do bolsonarismo, Nikolas Ferreira, sempre ativo nas redes sociais, preferiu se manter em silêncio e não teceu qualquer comentário estridente, como costuma a fazer, sobre a operação que, para analistas políticos e juristas, representa uma etapa fundamental para a eventual prisão de Bolsonaro.
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Tanto em seu perfil no X (antigo Twitter) como no Instagram, Nikolas se limitou a fazer publicações atacando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sequer procurou defender seu correligionário e "padrinho" político das graves acusações que é alvo na investigação da Polícia Federal.
A única postagem do bolsonarista, ao longo de toda esta quinta-feira, que fez referência indireta à situação do ex-mandatário brasileiro foi um pedido desesperado a Donald Trump Jr, filho ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em resposta a uma publicação do estadunidense que não tinha qualquer relação com o assunto.
"Por favor, mostre ao mundo o que está acontecendo no Brasil neste momento", escreveu Nikolas Ferreira.
Veja:
Outras reações
Atordoados com a megaoperação da Polícia Federal (PF), os membros do clã Bolsonaro começam a se pronunciar nas redes sociais sobre as investigações da organização criminosa montada pelo patriarca, Jair Bolsonaro, para tentar um golpe de Estado após a derrota para Lula nas eleições de 2022.
Como tem praxe, Michelle Bolsonaro foi a primeira se pronunciar. A ex-primeira-dama, que está em Brasília e passou praticamente as férias todas longe do marido, divulgou um versículo bíblico nos stories do Instagram por volta das 9h desta quinta-feira (8).
"Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém", escreveu.
Em seguida, foi a vez de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ir à rede X e iniciar a narrativa para pautar os apoiadores extremistas.
Na publicação, o deputado, filho "03" de Bolsonaro, traça uma relação esdrúxula sobre o ato do pai em São Sebastião, realizado na tarde desta quarta-feira (7), e a decisão de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo ao pedido da PF para realizar a megaoperação nas primeiras horas da manhã desta quinta.
"A política do Brasil hoje é feita no supremo tribunal federal", escreveu Eduardo, após a "linha do tempo", que incluiu ainda "super live" do clã, em 28 de janeiro, e a ação da PF contra o irmão, Carlos, no dia seguinte.