Pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), e seu colega na Câmara Federal, o deputado Jilmar Tatto (PT) participam nesta quinta-feira (29) de um ato público selando a pacificação dentro da frente de esquerda que disputará às eleições à prefeitura de São Paulo.
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Em 2020, Tatto se recusou a retirar a candidatura no primeiro turno em favor de Boulos. O petista, no entanto, apoiou o então adversário no segundo turno, quando foi derrotado para Bruno Covas (PSDB).
O ato acontece às 15h na Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado, na região central de São Paulo, em uma plenária sobre transportes públicos.
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No entanto, o evento tem o objetivo político de mostrar a união do PT em torno da candidatura de Boulos.
"É fundamental discutir a questão do transporte com os trabalhadores do setor. Ouvir suas demandas e entender como podemos avançar para que São Paulo tenha um transporte de qualidade e digno da grandeza da maior cidade do Brasil. Ao mesmo tempo, o companheiro Jilmar Tatto agrega uma experiência extraordinária a nossa pré-campanha nessa área. Não tenho dúvidas de que o transporte público de São Paulo pode avançar muito mais", disse Boulos à Fórum.
Tatto foi o responsável pelo Bilhete Único quando foi secretário Municipal de Transportes em 2002 na gestão Marta Suplicy, que voltou ao PT a pedido de Lula para ser vice na chapa de Boulos.
Ele voltou ao comando da pasta em 2013, na gestão Fernando Haddad - e é cotado para ocupar o mesmo cargo, caso Boulos seja eleito.
Irmão dos também políticos Arselino, Ênio, Nilto e Jair, Jilmar Tatto tem forte influência eleitoral na zona sul de São Paulo - a chamada Tattolândia -, onde Marta também transita muito bem.
A região será um dos principais polos de disputa de votos com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Apoiado pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e Jair Bolsonaro (PL), Nunes tem na zona sul paulistana seu principal reduto eleitoral.