ORCRIM BOLSONARISTA

Quaest: 50% dizem que Bolsonaro sai mais forte do ato, mas que é justo que seja preso

Pesquisa mostra que maioria dos brasileiros considerou ato organizado por Malafaia "grande", mas não deve influenciar nas investigações sobre a facção criminosa golpista comandada por Jair Bolsonaro.

Jair Bolsonaro, Michelle e Silas Malafaia em trio no ato da Paulista.Créditos: Paulo Pinto / Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

Pesquisa Quaest realizada na esteira do ato organizado por Silas Malafaia na avenida Paulista, divulgada nesta quarta-feira (28), revela que 50% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) saiu mais forte da manifestação, mesmo percentual daqueles que acham justo prender o ex-presidente.

O estudo mostra o impacto do ato na Paulista: para 68% a manifestação foi considerada "grande", 20% "média" e apenas 6% relataram que foi "pequena" - 7% não responderam.

Embora metade dos entrevistados acreditem que Bolsonaro saiu mais "forte" do ato - 26% dizem que ele saiu mais fraco e 14% igual -, a grande maioria diz que a manifestação não influenciou ou deve acelerar o ritmo das investigações sobre a organização criminosa golpista.

De acordo com a pesquisa, 34% disseram que o ato vai "acelerar o ritmo" das investigações e 48% dizem que não terá qualquer influência. Apenas 11% acreditam que a PF deve "reduzir o ritmo" da apuração por causa do protesto.

Com isso, 50% dizem que seria justo "prender Bolsonaro" - 39% consideram "injusto" e 10% não responderam.

A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos brasileiros (53%) não acreditam na narrativa do ex-presidente, de que está sendo "sofrendo uma perseguição". Os mesmos 39% que consideram "injusta" a prisão, creem na "perseguição" - 7% não responderam.

A divisão segue quando os pesquisadores indagaram se "Bolsonaro participou de um plano de golpe". Para 47%, o ex-presidente é golpista, enquanto 40% dizem que ele não participou do plano - 13% não responderam.

O estudo mostra ainda que 51% consideraram acertada a decisão da Justiça eleitoral de torná-lo inelegível, enquanto 40% pensam o contrário.

A pesquisa ouviu presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O índice de confiança é de 95%.

Veja a íntegra da pesquisa

Archivos adjuntos