AMÉM?

Malafaia entra na mira da PF após ato golpista e deve ser investigado

“Pastor” extremista serviu de ventríloquo para Jair Bolsonaro em ataques às instituições e à democracia e possivelmente entrará no inquérito do golpe

Créditos: Twitter/Reprodução
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O “pastor” Silas Malafaia pode ter conseguido, finalmente, se ver enroscado de forma oficial no inquérito da Polícia Federal que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida no país entre o fim das eleições de 2022 e o começo de 2023.

Os federais estão analisando de maneira minuciosa seu discurso incendiário proferido no domingo (25,) durante o ato dos golpistas de extrema direita apoiadores de Jair Bolsonaro, realizado na Avenida Paulista, para tipificar os crimes potencialmente cometidos pelo clérigo radical, que por várias vezes já desafiou as autoridades dizendo duvidar que alguém tenha coragem de prendê-lo. A informação é da colunista Bela Megale, do diário carioca O Globo.

De acordo com os agentes e delegados que atuam no inquérito, Malafaia estaria atuando de forma aberta em defesa de uma organização criminosa e para atrapalhar as investigações, inclusive pagando do próprio bolso manifestações como a de ontem, pelas quais os fanáticos seguidores extremistas do ex-presidente são insuflados com várias mentiras e interpretações propositalmente distorcidas dos fatos, a fim de criar animosidades e clima hostil contra a PF, o Ministério Público Federal e o Judiciário.

“Alexandre de Moraes diz que a extrema direita precisa ser combatida na América Latina. Como o ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema direita nem a extrema esquerda. Ele é guardião da Constituição. O presidente do STF, ministro Barroso, disse ‘nós derrotamos o bolsonarismo’. Isso é uma afronta, uma vergonha”, disse aos berros o “pastor”, claramente inflamando a multidão com o repetitivo discurso ultrarreacionário de Bolsonaro.

Oficialmente a PF não fala sobre a inclusão do nome de Silas Malafaia no inquérito da tentativa de golpe de Estado, tampouco manifesta em quanto tempo terá uma resposta sobre a inclusão ou não do “religioso” nas investigações.