Um abraço apertado selou a amizade entre o "profeta" André Rhouglass e um judeu brasileiro que preferiu não se identificar.
O evangélico, que se diz pregador há 20 anos, estava emocionado quando encontrou um judeu brasileiro na avenida Paulista, na manifestação bolsonarista deste domingo, 25.
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André Luiz dos Santos, que mudou de nome desde então, foi candidato em 2018 a deputado federal pelo Partido Pátria Livre, obtendo apenas 166 votos.
O PPL, ligado ao MR-8, de esquerda, foi extinto ao se incorporar ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Em 2020, o profeta candidatou-se a prefeito de Ponte Nova, em Minas Gerais, pelo PSD, obtendo apenas 258 votos.
Hoje, ele estava na avenida Paulista carregando uma cruz.
De um lado, uma imagem de Jair Bolsonaro olhando para o céu fundida à bandeira de Israel.
Do outro, um pedido de desculpas a Israel pelas recentes declarações do presidente Lula.
O APOCALIPSE
À Fórum, o "profeta" disse que Israel tinha um papel essencial no apocalipse vindouro: a salvação dos "escolhidos por Deus" passa pelos acontecimentos na Terra Santa.
Na presença de um homem vestido com a bandeira de Israel, André emocionou-se.
Disse que o futuro do Brasil passava pelos acontecimentos em Israel.
Abraçou efusivamente o primeiro judeu que conheceu pessoalmente.
Porém, o encontro não acabou como o desejado.
André queria tirar uma foto do homem segurando a cruz.
Por motivos religiosos, o visitante disse que não podia fazê-lo, por se tratar supostamente da cruz carregada por Jesus Cristo.
O "profeta" insistiu, até que o visitante concordou em tirar uma foto lateral.
Ficou selada, assim, a aliança para derrubar Lula entre um "profeta ex-comunista" e um judeu paulistano apoiador de Jair Bolsonaro.