MENTIRA DESMONTADA

Pimenta desmascara fake news grotesca de bolsonaristas sobre eleições: "Só mau-caráter divulga isso"

Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) teve fala retirada de contexto por apoiadores de Jair Bolsonaro, que insistem na narrativa golpista de fraude nas urnas

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom.Créditos: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, foi às redes sociais nesta quarta-feira (14) para desmentir uma fake news grotesca criada por bolsonaristas, que insistem na narrativa golpista de que houve fraude nas eleições de 2022 que alçou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.  

Vídeo que circula no submundo das redes sociais e grupos de WhatsApp e Telegram de apoiadores de Jair Bolsonaro usa um trecho de uma entrevista concedida por Pimenta, descontextualizado, em que o ministro fala que Lula obteve 39% dos votos naquele pleito. O recorte é utilizado por bolsonaristas para afirmar que o próprio chefe da Secom admitiria que o atual presidente teria registrado menos votos que o suficiente para ganhar a eleição. 

Acontece que fala de Pimenta foi totalmente distorcida. De fato, Lula obteve 39% dos votos. Este índice, entretanto, representa os votos totais, isto é, somente aqueles registrados pela população apta a votar. Nos votos válidos, que são os considerados pela legislação eleitoral, Lula teve 50,9%. 

"Eu explicava que no total de votos possíveis, no total de eleitores aptos a votar, Lula fez 39% dos votos, Bolsonaro fez 37%, e 24% das pessoas se abstiveram, votaram em branco ou anularam o voto. Outra coisa são votos válidos. Pela legislação eleitoral brasileira, votos válidos descontam abstenção, brancos e nulos. Por isso, Lula fez 50,9% e Bolsonaro 49,1%", explicou Pimenta. 

"Isso é muito fácil de ser compreendido. Só divulga isso quem é mau-caráter, quem trabalha com fake news, com mentira, e tenta mais uma vez, de forma criminosa, justificar aquilo que não tem justificativa. Foram derrotados na urna, não respeitam a democracia, mas vão ter que aceitar o resultado da eleição", prosseguiu o ministro. 

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