A direita política se encontra dividida em meio à escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica. O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) surge como o principal candidato a assumir a liderança do grupo, no entanto, sua proximidade com o governo Lula tem gerado controvérsias internas. A disputa pela presidência da frente está polarizada entre Otoni e Gilberto Nascimento (PSD-SP), que mantém alinhamento com o bolsonarismo.
Ambos os candidatos são membros da Assembleia de Deus, mas trazem estratégias distintas para a bancada. Tradicionalmente, a eleição para a nova liderança ocorre em fevereiro, mas desta vez deve ser antecipada para o Culto da Santa Ceia, marcado para o dia 11 de dezembro.
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Otoni de Paula já conta com o apoio de figuras importantes, como Silas Câmara (Republicanos-AM) e Cezinha de Madureira (PSD-SP), que asseguram que a decisão é consensual. "Silas e eu definimos que será Otoni. Não há racha algum", afirmou Cezinha.
Apesar do apoio, a relação de Otoni com o governo federal é vista com desconfiança por parte da bancada. Em outubro, Otoni representou o grupo em uma cerimônia no Palácio do Planalto e elogiou o presidente Lula durante a sanção do Dia Nacional da Música Gospel, o que irritou parlamentares bolsonaristas como Eli Borges (PL-TO) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Agora, eles articulam nos bastidores em favor de Gilberto Nascimento.
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Gilberto, por sua vez, conta com o apoio do pastor Silas Malafaia, que critica Otoni por supostamente buscar agradar o governo. "Otoni quer fazer graça para o governo Lula", afirmou Malafaia, reforçando o clima de divisão dentro da bancada.
A escolha do novo líder, marcada por embates ideológicos, definirá o rumo da atuação da Frente Parlamentar Evangélica nos próximos anos.