Artífice do plano para assassinar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, segundo a investigação da Polícia Federal (PF), o general "kid preto" Mario Fernandes cita uma ação desencadeada pelo exército nazista, a mando de Adolph Hitler, para libertar o líder fascista italiano Benito Mussolini em sua monografia escrita em 2002 para conclusão de curso da Escola de Comando e Estado-Maior da Força (Eceme).
Colocada em sigilo pelo Exército, a monografia de Mario Fernandes foi revelada pelo jornalista Pedro Zambarda, do Diário do Centro do Mundo (DCM), que teve acesso ao documento com ajuda do pesquisador Ananias Oliveira, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e do perfil de redes sociais Camarote da República.
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O trabalho, de 182 páginas, cita a ação da Alemanha nazista como um dos exemplos de ação das Forças Especiais, unidade do Exército que foi conduzida por ele no Brasil.
Segundo o general, "as características dessas forças em operarem em áreas longínquas e ambientes hostis, com um mínimo de direção e controle, lhes conferem inúmeras possibilidades, dentre as quais se destacam: Proporcionar assessoramento ou instrução a outras forças nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), num quadro de Seg Int [segurança interna]”.
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A GLO seria decretada durante o golpe no Brasil para que o gabinete de crise, que teria além de Fernandes os generais Augusto Heleno e Waltar Braga Netto, assumisse o governo até a implantação da Ditadura.
Na citação ao exército hitlerista, o general "kid preto" menciona a ação de 12 de setembro de 1943, quando homens da SS nazista, comandados por Otto Skorzeny e a mando de Adolf Hitler, libertaram Benito Mussolini, prisioneiro desde julho em Abruzzo, região no norte da Itália. Conhecido como “Cicatriz” por causa de um ferimento após um duelo de esgrima, Skorzeny virou espião do Mossad após a guerra e morreu na paz do Senhor refugiado na Espanha de Franco.
Leia a reportagem de Pedro Zambarda no DCM