Nas redes e em entrevistas, Jair Bolsonaro (PL) tem revelado toda sua euforia com a eleição de Donald Trump, que retornará à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025.
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Sabujo do republicano, Bolsonaro tem se referido a Trump como "homem mais forte do mundo", que "gosta de mim" e não esconde a submissão ao apostas todas as fichas do imbróglio judicial em que vive numa intervenção do presidente eleito dos EUA.
Trump, por sua vez, recebeu Eduardo Bolsonaro (PL) em sua mansão no condomínio de luxo de Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, no seleto grupo que acompanhou a apuração.
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Após decretada a vitória, Eduardo fez uma ligação de vídeo para que o pai, que não fala inglês, cumprimentasse o republicano.
Na conversa truncada, traduzida por Eduardo, Bolsonaro fez uma promessa a Trump que ele não poderá cumprir - ou, ao menos, que não depende dele para que se cumpra.
Sem passaporte, confiscado pela Polícia Federal em meio às investigações da Organização Criminosa golpista, Bolsonaro teria recebido de Trump um convite para a posse, que será realizada em 20 de janeiro.
Como bom bajulador, Bolsonaro prontamente respondeu que estará lá, sem se dar conta que precisa de autorização de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a quem considera seu algoz, para deixar o país.
STF pode devolver o passaporte a Bolsonaro?
Aliados de Bolsonaro afirmam que sua defesa deve protocolar um novo pedido no STF para que o passaporte seja devolvido, permitindo que ele viaje aos Estados Unidos para a posse de Trump.
As chances de o STF atender a essa solicitação, no entanto, são praticamente nulas. A decisão de Alexandre de Moraes, de reter o documento, foi referendada pela Primeira Turma da Corte em 22 de outubro, há menos de um mês.
Além disso, a retenção do passaporte foi respaldada de forma unânime pelo colegiado do STF, evidenciando a ausência de divergência sobre o tema. Até o momento, o Supremo já negou dois pedidos do ex-presidente para reaver o documento.
Outro obstáculo que pode frustrar os planos de Bolsonaro de assistir à posse de Trump é o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado. A expectativa é de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente, ainda em novembro, uma denúncia à Justiça, tornando Bolsonaro réu formalmente.