O ex-vice-presidente e hoje senador pelo Rio Grande do Sul, o general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), nunca escondeu que se sentiu preterido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, na metade do mandato, foi tirado das conversas de cúpula.
Em entrevista ao UOL, em julho de 2021, Mourão revelou que sentia saudades de Bolsonaro e que era excluído das reuniões ministeriais. "Não, não fui convidado. Sinto falta. A gente fica sem saber o que está acontecendo. É importante que a gente saiba o que está acontecendo, né? Paciência, né? C'est la vie [É a vida], como dizem os franceses", revelou Mourão à época.
Te podría interesar
Como se sabe, Mourão não foi convidado para continuar como vice de Bolsonaro, posto que foi ocupado pelo general Braga Netto, um dos articuladores, ao lado do ex-presidente, da tentativa de golpe de Estado, segundo investigação da Polícia Federal (PF).
Mas, apesar de ser completamente esnobado por Jair Bolsonaro e por todo o núcleo duro do bolsonarismo, Mourão tenta, a todo custo, sempre acenar em direção aos "ex-amigos", uma situação um tanto humilhante.
Te podría interesar
Dessa maneira, Mourão fez uma publicação inacreditável e vexatória sobre as revelações atuais e fez menção à intentona comunista, ocorrida em 1935, durante a Era Vargas (1930-45), quando militantes do Partido Comunista Brasileiro e da Aliança Nacional Libertadora (ALN) tentaram dar um golpe. A ação foi um fracasso, e os comunistas foram esmagados pelo regime de Getúlio.
Porém, Mourão usou o jargão daqueles que lutam contra a ditadura - "Lembrar para não esquecer. Lembrar para não se repetir" - para se referir à intentona comunista.