PAULO BILYNSKYJ

Bilynskyj: “provem participação de Bolsonaro no relatório”; Internauta: “não sabe ler?”

Delegado, que também é deputado de extrema direita, pediu e levou uma chuva de documentos; ex-presidente é citado 643 vezes no relatório

Paulo Bilynskyj.Créditos: Reprodução/Câmara dos Deputados
Escrito en POLÍTICA el

Delegado Paulo Bilynskyj, deputado federal de extrema direita, fez um desafio inusitado na noite desta terça-feira (26), em sua conta do X:

“Não. No relatório de 800 páginas da PF não existe prova da participação do Presidente Bolsonaro em nenhum fato. Se você discorda aponte a página e parágrafo.”

A postagem de Bilynskyj amanheceu lotada de respostas, entre elas uma que resume todas as outras: “não sabe ler, golpista?”

O relatório

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado pelo menos 643 vezes no relatório de 884 da Polícia Federal (PF). O sobrenome aparece 658 vezes, algumas delas com referência a parentes, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

No caso dos parentes, não, mas no de Bolsonaro, as citações têm relação direta com a investigação.

A investigação da PF é taxativa no documento. "Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", diz trecho do relatório, sendo preservada aqui a grafia original. 

O arcabouço probatório colhido pelos investigadores demonstra que o grupo investigado e liderado por Bolsonaro "criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019". O objetivo seria sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para que dois objetivos fossem alcançados posteriormente: "primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato".

Leia mais aqui.

A postagem

Veja abaixo a postagem de Bilynskyj e a grande quantidade de respostas:

 

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