Após um cenário de indefinição, Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) vão disputar o segundo turno das eleições municipais de 2024 em Belo Horizonte.
Ao contrário do empate técnico indicado pelas pesquisas às vésperas do primeiro turno, Mauro Tramonte (Republicanos), que contou com o apoio de Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (Republicanos), terminou em terceiro lugar, com apenas 15,22% dos votos, menos de 10% de diferença do segundo lugar ocupado por Fuad, que obteve 26,54%.
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No quarto lugar, ficou o atual presidente da Câmara de vereadores, Gabriel Azevedo (MDB - 10, 55%), seguido de Duda Salabert ( PTD - 7,68%), Rogério Correia (PR - 4,37%), Carlos Viana (Podemos - 1%), Indira Xavier (Unidade Popular - 0,19%), Wanderson Rocha (PSTU - 0,05%) e Lourdes Francisco (PCO - 0,02%)
Engler, que chega como favorito no segundo turno, recebeu 435.853 votos (34,38% dos votos válidos), enquanto Fuad obteve 336.442 votos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois candidatos terão de disputar 495.499 votos, quase meio milhão, que pertencem aos adversários.
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Vereadores
Por sua vez, a bancada de esquerda na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) terá o dobro de assentos na próxima legislatura a partir do dia 1º de janeiro. A Federação formada por PT, PCdoB e PV conseguiu eleger 6 candidatos, sendo quatro petistas, um comunista e um verde. O PSOL elegeu 3 candidatas, e o PDT elegeu 1. Confira:
PT – 4
Pedro Rousseff - 17.595 votos
Bruno Pedralva - 10.870 votos
Luiza Dulci - 10.169 votos
Pedro Patrus - 7.675 votos
Psol – 3
Iza Lourença - 21.485 votos
Cida Falabella - 9.530 votos
Juhlia Santos - 6.703 votos
PCdoB – 1
Edmar Branco - 9.813 votos
PV – 1
Wagner Ferreira - 10.963 votos
PDT – 1
Bruno Miranda - 8.736 votos
Dos 9 vereadores de esquerda, três foram eleitos por média: Pedro Patrus (PT), Edmar Branco (PCdoB) e Juhlia Santos (Psol). Entre os dez mais bem votados dos 41 vereadores estão Iza Lourença (Psol) com 21.485 votos e Pedro Rousseff (PT) com 17.595 votos.
Menor renovação em 12 anos
Dos 41 vereadores eleitos para a próxima legislatura, 23 conseguiram se reeleger. Dos novatos que somam 18, 3 já foram parlamentares municipais da capital em legislaturas anteriores. O índice de renovação é de 43,9%, a menor taxa desde 2012.
Dos 9 que compõem a nova bancada de esquerda, 4 estarão na primeira legislatura: Edmar Branco (PCdoB), Luiza Dulci (PT), Pedro Rousseff (PT) e Juhlia Santos (Psol).
PL terá a maior bancada da casa
Com o parlamentar mais votado entre vereadores eleitos, Pablo Almeida (PL), ex-assessor de Nikolas Ferreira (PL), o PL de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro terá a maior bancada na próxima legislatura CMBH, somando o total de 6 assentos. Almeida também superou a marca de vereador mais votado da história da cidade que era, até então, da ex-vereadora e atual deputada federal, Duda Slabbert (PDT).
A Professora Mali (PP), mãe do assessor de Romeu Zema, Marcelo Aro, foi a segunda mais bem votada, com mais de 23 mil votos.
Polarização
Diante dos resultados, a expectativa é que a disputa entre a federação PT, PCdoB e PV e a bancada do PL seja acirrada nos próximos quatro anos na CMBH. Com o mesmo número de cadeiras (6), as duas forças devem substituir o embate que atualmente se dá entre a base do prefeito Fuad Noman (PSD) e os vereadores ligados ao presidente da Câmara Gabriel Azevedo (MDB).