Advogados do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), deixaram a sua campanha logo após ele afirmar, durante debate da Band, no dia 8 de agosto, que o seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), era usuário de cocaína.
A informação foi confirmada por Gustavo Guedes, um dos advogados, à coluna de Malu Gaspar, no Globo. Segundo a jornalista, outras duas fontes envolvidas no assunto também confirmaram reservadamente o fato.
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Logo após Marçal fazer as afirmações durante o debate, Guedes e o colega Thiago Boverio o procuraram para pedir as provas que tinha, para se anteciparem ao processo que viria. Marçal afirmou que não tinha ainda, mas estava para conseguir. Os advogados insistiram, mas nunca receberam as comprovações.
“O fato mais marcante foi quando pedimos as provas da acusação contra o Boulos e elas não chegaram. Foi dito que tinha essa prova e não chegou”, afirmou Guedes. No dia seguinte, os advogados deixaram o processo. Naquele momento, Boulos já tinha entrado com uma ação contra Marçal pedindo o direito de resposta.
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Ignora questões jurídicas
Guedes, que já trabalhou para vários políticos, entre eles Michel Temer e Sérgio Moro, afirmou na manhã deste sábado (5), para a colunista:
“O Marçal ignora questões jurídicas, não dá a importância que precisa ser dada a questões.”
A divulgação de fatos inverídicos, sem comprovações, voltou a ocorrer na noite desta sexta-feira (4), quando Marçal soltou um laudo falso envolvendo Boulos mais uma vez com drogas.
A equipe jurídica de Marçal e do PRTB teria fiado apreensiva com o fato. Mais uma vez, o candidato resolveu soltar o documento por conta própria, sem consultar ninguém e, é claro, sem provas.
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