RESISTÊNCIA E LUTA

Erundina, Temporão, Rita Von Hunty e centenas assinam manifesto contra "cortes sociais"

Divulgado por site ligado ao PSOL, manifesto faz apelo para que Haddad e Tebet não cortem investimentos. "Sem uma resposta firme, o neoliberalismo continuará a devastar o que resta das conquistas e dos direitos da classe trabalhadora", diz

Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Fernando Haddad (Fazenda) e Gabriel Galípolo, que assumirá o Banco Central.Créditos: Washington Costa/MF
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A deputada estadual e ex-prefeita paulistana Luiza Erundina (PSOL-SP), o ex-ministro da Saúde do governo Lula, José Gomes Temporão, e o ator e professor Guilherme Terreri, criador da drag Rita von Hunty, são apenas três das centenas de nomes que embasam um manifesto divulgado nesta quarta-feira (30) pela revista Movimento, ligada ao PSOL, contra "cortes sociais anunciado pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet para o final deste ano".

"As áreas alvo desses ataques já estão definidas: saúde, educação, Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego e outros direitos essenciais. Embora os detalhes finais ainda não tenham sido divulgados, já está evidente que essas medidas fazem parte de uma estratégia de austeridade que aprofunda o Novo Arcabouço Fiscal e ataca diretamente conquistas sociais históricas", diz o texto.

Além de deputados, políticos e acadêmicos filiados ao PSOL, como o sociólogo Vladimir Safatle, o documento tem apoio do também ex-ministro de Ciência de Tecnologia de Lula, Roberto Amaral - ex-presidente do PSB -, da historiadora Virgínia Fontes, do sociólogo Ruy Braga. O texto também está disponível para adesões na internet - acesse aqui.

"Convocamos todos e todas — trabalhadores, movimentos sociais, sindicatos, partidos, organizações da sociedade civil (OSCs) e todos os cidadãos comprometidos com a defesa dos direitos sociais e com a democracia — a se mobilizarem contra esse Pacote Antipopular. Não podemos permitir que direitos conquistados ao longo de décadas sejam destruídos por políticas de austeridade que apenas aprofundam a desigualdade e a exclusão", diz o manifesto.

O documento propõe ainda "resistência, organização e luta" para "proteger a saúde, a educação, a previdência e, acima de tudo, a dignidade da classe trabalhadora".

"Sem uma resposta firme, o neoliberalismo continuará a devastar o que resta das conquistas e dos direitos da classe trabalhadora, entregando tudo ao mercado e sacrificando a maioria em nome do lucro de poucos", conclui.

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