A equipe de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) denunciou nesta quinta-feira (3) que eleitores de São Paulo estão recebendo ligações que simulam pesquisas de intenção de voto, mas que na verdade propagam fake news contra o candidato.
As ligações, além de espalharem desinformação sobre Boulos, enaltecem o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). A prática configura propaganda eleitoral ilegal e ocorre a poucos dias do primeiro turno das eleições.
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De acordo com relatos de eleitores, após serem questionados sobre suas intenções de voto, os operadores das ligações divulgam mentiras, como a afirmação de que Boulos pretende "liberar as drogas" caso seja eleito.
Outra mentira induz o eleitor a a crer que o plano de governo de Boulos inclui medidas controversas, como a implementação da chamada “linguagem neutra” nas escolas e a "tomada de espaços públicos abandonados" e “desmilitarização da polícia”.
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Ao final da ligação, os eleitores são questionados se reconsiderariam seus votos com base nas informações falsas apresentadas, o que mostra o caráter persuasivo e dissimulado da comunicação.
A campanha de Boulos denunciou uma prática ilegal de telemarketing eleitoral que se disfarça de pesquisa. As ligações telefônicas, realizadas diretamente aos eleitores, disseminam desinformação sobre o candidato, caracterizando uma violação à legislação eleitoral, que proíbe o uso de telemarketing ativo para propaganda.
Diante da situação, os advogados da campanha de Boulos protocolaram uma representação com pedido liminar na Justiça Eleitoral. O pedido solicita que as empresas de telefonia responsáveis pelas quatro linhas identificadas forneçam dados das contas, além de informações detalhadas sobre as datas e horários das ligações, os serviços de telecomunicação contratados e o uso de sistemas automatizados, como robocalls, para a execução das chamadas.
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