ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024

Campanha de Boulos denuncia disseminação de fake news por meio de pesquisa fraudulenta

Equipe do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo ingressa na Justiça Eleitoral com a denúncia de que eleitores da capital paulista têm recebido telefonemas que enaltecem atual prefeito Ricardo Nunes

Créditos: Leandro Paiva - Campanha de Boulos ingressa na Justiça Eleitoral contra pesquisa fraudulenta que enaltece Ricardo Nunes
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A equipe de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) denunciou nesta quinta-feira (3) que eleitores de São Paulo estão recebendo ligações que simulam pesquisas de intenção de voto, mas que na verdade propagam fake news contra o candidato.

As ligações, além de espalharem desinformação sobre Boulos, enaltecem o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). A prática configura propaganda eleitoral ilegal e ocorre a poucos dias do primeiro turno das eleições.

De acordo com relatos de eleitores, após serem questionados sobre suas intenções de voto, os operadores das ligações divulgam mentiras, como a afirmação de que Boulos pretende "liberar as drogas" caso seja eleito.

Reprodução petição
Reprodução petição

Outra mentira induz o eleitor a a crer que o plano de governo de Boulos inclui medidas controversas, como a implementação da chamada “linguagem neutra” nas escolas e a "tomada de espaços públicos abandonados" e “desmilitarização da polícia”.

Ao final da ligação, os eleitores são questionados se reconsiderariam seus votos com base nas informações falsas apresentadas, o que mostra o caráter persuasivo e dissimulado da comunicação.

A campanha de Boulos denunciou uma prática ilegal de telemarketing eleitoral que se disfarça de pesquisa. As ligações telefônicas, realizadas diretamente aos eleitores, disseminam desinformação sobre o candidato, caracterizando uma violação à legislação eleitoral, que proíbe o uso de telemarketing ativo para propaganda.

Diante da situação, os advogados da campanha de Boulos protocolaram uma representação com pedido liminar na Justiça Eleitoral. O pedido solicita que as empresas de telefonia responsáveis pelas quatro linhas identificadas forneçam dados das contas, além de informações detalhadas sobre as datas e horários das ligações, os serviços de telecomunicação contratados e o uso de sistemas automatizados, como robocalls, para a execução das chamadas.

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