A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, do Senado, aprovou nesta terça-feira (29) um requerimento solicitando à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma investigação sobre possíveis apostadores que poderiam ter se beneficiado de um lance ocorrido no início do jogo entre Athletico Paranaense e Cruzeiro, disputado pelo Campeonato Brasileiro da Série A no sábado (26).
Com três segundos de partida, o atacante Rafa Silva, do Cruzeiro, bateu o recorde de expulsão mais rápida da competição após agredir com uma cotovelada no rosto o zagueiro Kaique Rocha.
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O requerimento aprovado é de autoria do presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO). “Certamente foi uma das expulsões mais rápidas da história do secular futebol mundial. Imediatamente, surgiram nas redes sociais informações - não confirmadas - de que haveria apostadores sendo beneficiados com a expulsão de Rafa Silva”, justifica o parlamentar no requerimento.
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"Sinceramente, não sei se ele foi chamado para o exame de dopagem, mas, com todo o respeito, é um atleta profissional, ou ele estava sob algum efeito de medicamento ou droga ou o que for, ou ele estava propenso a alguma manipulação, porque eu nunca vi num campeonato que vale rebaixamento, que vale vaga, que vale milhões, eu nunca vi um caso como esse. Já estou vendo atleta jogar pênalti na arquibancada, atleta atrasar a bola e o goleiro deixar fazer, agora isso daí, isso é um absurdo", disse o senador Carlos Portinho (PL-RJ), fazendo as afirmações sem provas durante a sessão da comissão.
Quebra de sigilo de Deolane
Também foram aprovados pela CPI requerimentos de quebra de sigilos bancário e fiscal, no período de 2022 a 2024, da influenciadora Deolane Bezerra Santos e dos empresários Darwin Henrique da Silva Filho e José André da Rocha Neto, acusados de lavagem de dinheiro.
Tanto Deolane quanto Darwin eram aguardados pela comissão para depoimentos nesta terça-feira, mas obtiveram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para não depor.
Foram aprovadas ainda as convocações de José André da Rocha Neto, sócio da empresa de apostas Vai de Bet, e da mãe de Deolane, Solange Alves Bezerra. O depoimento do jogador Lucas Paquetá, que seria realizado nesta quarta-feira (30), foi transferido para 3 de dezembro a pedido do atleta.
Com informações da Agência Senado