ELEIÇÕES 2024

Pimenta avalia que grande derrotada na eleição é extrema direita e que governo Lula sai fortalecido

Na GloboNews, ministro da Secom rebateu “tese” da imprensa hegemônica que brada suposta derrota do PT, omitindo o naufrágio de Bolsonaro e de seu campo

O ministro Paulo Pimenta, na GloboNews.Créditos: GloboNews/Reprodução
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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, participou na tarde desta segunda-feira (28) de uma entrevista no programa Estúdio i, do canal a cabo GloboNews, e rebateu a “tese” propalada pela imprensa hegemônica de que o governo Lula (PT) teria sido “o grande derrotado” nas eleições municipais deste ano. Para ele, a derrota fragorosa no pleito foi da extrema direita e do grupo político liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A versão da mídia e de analistas a serviço dela é a de que os eleitores deram um não “aos extremos”.

“O governo é muito maior do que o PT. E Lula é maior do que o PT e do que o governo. Quando olhamos para a conjuntura do país, ninguém pode dizer que o Brasil tem dois extremos, um é Bolsonaro e o outro é o Lula. Lula é conciliador, um democrata que se relaciona de forma republicana com todos os setores da sociedade e que tem respeito às instituições. E pauta seu governo a partir destes valores”, começou dizendo Pimenta.

Para ele, o vencedor é o centro e Lula representaria justamente esse centro, já que várias legendas vêm participando de seu governo neste terceiro mandato do estadista petista.

“O centro é o Lula hoje. O centro político do Brasil é o Lula. O centro se aglutina em todo do Lula e isolou a extrema direita. Esse é o resultado da eleição”, acrescentou ainda.

“O recado é que a urna fala e a gente tem que saber ouvir. Temos que ouvir o eleitor. O grande recado foi a derrota da extrema direita. Ninguém questionou a urna [eletrônica, usada no país], nenhum candidato que estava no 8 de janeiro se elegeu, nenhum candidato lançado por Bolsonaro se elegeu. O recado é uma afirmação da democracia”, disse ainda o ministro da Secom.

Para Pimenta, é incorreto atribuir derrotas ao PT em cidades onde o partido sequer teve candidatos. E grande parte delas, aliados venceram, o que de forma nenhuma representa uma derrota da sigla de Lula.

“Não tivemos candidatos em Curitiba, em São Paulo, no Rio, Salvador, Recife e Belém. É evidente que, se o PT tivesse lançado candidatos em todas essas cidades, a votação nominal seria muito maior. Mas um partido que é governo não pode só pensar em uma estratégia de votos nominal do partido. Todas as vitórias de nomes que não são petistas, são estratégicas e fundamentais para o governo... Grande parte dos prefeitos eleitos por partidos da base do governo tem compromisso com nosso projeto”, concluiu o petista.