As casas foram construídas entre 2019 e 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como parte de um projeto para oficiais superiores do Exército em Formosa, Goiás. O investimento total consolidado foi de R$ 6.102.143,97, com recursos provenientes do Orçamento da União. As residências, classificadas como Próprios Nacionais Residenciais (PNR), integram o Plano de Implantação do Sistema de Defesa Estratégico ASTROS.
A resposta obtida por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) revela detalhes do projeto, como o cronograma das obras e aditivos contratuais. Dentre as alterações no projeto original, destacam-se a instalação de tapumes, modificações nas alvenarias, forro de gesso acartonado, grades e outras adaptações de segurança e infraestrutura. As casas variam entre 164 m² e 329 m² de área construída, com terrenos entre 360 m² e 900 m².
Te podría interesar
Detalhes das Residências
As nove residências construídas em Formosa apresentam especificações detalhadas:
- Casa 01: 329,80 m² de área construída em um terreno de 900 m².
- Casa 02: 250,96 m² de área construída em um terreno de 700 m².
- Casa 03: 250,96 m² de área construída em um terreno de 700 m².
- Casa 04: 250,96 m² de área construída em um terreno de 700 m².
- Casa 05: 197,27 m² de área construída em um terreno de 600 m².
- Casa 06: 197,27 m² de área construída em um terreno de 480 m².
- Casa 07: 164,94 m² de área construída em um terreno de 360 m².
- Casa 08: 164,94 m² de área construída em um terreno de 360 m².
- Casa 09: 197,21 m² de área construída em um terreno de 630 m².
Cada uma dessas unidades foi projetada para atender a altos padrões de conforto, incluindo itens adicionais como persianas, portões automatizados, churrasqueiras e coberturas de policarbonato, além de ajustes na estrutura para melhorar a segurança e a habitabilidade das residências.
Te podría interesar
Essa não é a primeira vez que o Exército é questionado por seus investimentos em residências de alto padrão para oficiais. Em apuração anterior da coluna, foi revelado que o Setor Militar Urbano, em Brasília, abriga oito mansões destinadas a generais, com condições de aluguel semelhantes. A revelação gerou controvérsias quanto ao custo-benefício e à transparência na gestão desses imóveis, destacando um padrão de manutenção elevado e recursos públicos empregados para subsidiar moradias de luxo para militares
Assim como as oito mansões no Setor Militar Urbano, em Brasília, que são alugadas por generais a um valor subsidiado de apenas 6,5% de seus salários, os nove PNRs de Formosa seguem o mesmo modelo de aluguel reduzido. Esse valor é considerado irrisório em comparação ao custo de manutenção das residências, gerando críticas quanto ao uso de recursos públicos para subsidiar moradias de alto padrão para militares.
O Exército defendeu a construção das residências, afirmando que atende às necessidades institucionais de seus oficiais e ao planejamento estratégico. No entanto, o tema segue controverso, especialmente diante de cortes de verbas, quando a manutenção dessas instalações representa um desafio adicional para o orçamento militar