Jair Bolsonaro, apesar ter sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e correr o risco de ser preso, já que deve ser denunciado em breve pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em inquéritos que envolvem golpe de Estado, venda de joias do Estado e fraude em cartão de vacinação, ainda acredita que será candidato à presidência em 2026.
Nesta terça-feira (22), em coletiva de imprensa após almoçar em uma churrascaria com o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) e com o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), o ex-presidente disse que o nome da direita ao próximo pleito presidencial é "Messias", em referência ao seu próprio sobrenome.
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A declaração foi feita ao lado de Tarcísio, que é cotado como uma possível alternativa do bolsonarismo para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026.
"Quem é o substituto do Lula no Brasil na política? Não tem. De Bolsonaro? Tem um montão por aí. Eu colaborei formando lideranças, e estou muito feliz com isso. Só fiz um bom governo e o povo reconhece", disse Bolsonaro.
O ex-mandatário ainda afirmou que a população tem "saudades" e que ele é o "ex mais amado do Brasil" e, quando um jornalista insistiu na pergunta sobre quem será o candidato da direita em 2025, Bolsonaro respondeu: "É o Messias".
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Ataque às urnas
Durante a mesma coletiva de imprensa, um dos jornalistas questionou como Bolsonaro pretendia reverter a desvantagem da esquerda no Nordeste e citou como exemplo a derrota do ex-presidente na região. Irritado, o líder da extrema direita voltou a criticar a lisura das urnas e do sistema eleitoral brasileiro. Ricardo Nunes silenciou e, quando questionado, desconversou.
"Grande parte das seções da Bahia acabou à meia-noite. Nós pressionamos o TSE, mas depois, em poucas horas, foi indeferido e o nosso partido multado em R$ 22 milhões. Dá pra parar por aqui, não vou continuar", disparou Jair Bolsonaro.
Em seguida, uma jornalista perguntou ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) se ele concordava com a tese do ex-presidente Jair Bolsonaro de que houve fraude na eleição de 2022. Nunes desconversou. "Tudo pode ser analisado, eu não acompanhei esses dados com relação à votação", disse.