Após ter uma votação pífia na eleição presidencial de 2022, Ciro Gomes adotou uma postura errática e reacionária, principalmente quando a pauta envolve Lula e o Partido dos Trabalhadores.
Ciro Gomes também acumula uma série de derrotas à frente do PDT cearense: ainda nas eleições de 2022, o grupo cirista se recusou a apoiar a candidatura de Izolda Cela e se coligar com o PT para disputar o governo estadual. Resultado: Elmano de Freitas, do PT, se elegeu no primeiro turno.
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Outra derrota veio na eleição deste ano: José Sarto, prefeito de Fortaleza, perdeu no primeiro turno e se tornou o primeiro a não se reeleger na capital cearense. O segundo turno está entre Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL).
Por causa do histórico do PDT no campo da esquerda, acreditava-se que a legenda iria apoiar o candidato do PT contra Fernandes, que é bolsonarista. Ledo engano: o grupo cirista declarou apoio ao candidato da extrema direita, fato que abriu uma grave crise na legenda.
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Carlos Lupi, presidente do PDT e atual ministro do Trabalho, foi a público rechaçar qualquer apoio a André Fernandes. "Um partido como o nosso, que tem a nossa história, jamais poderá estar ao lado dos filhotes da ditadura", disparou Lupi.
Segundo informações da CNN Brasil, as posições de Ciro Gomes e suas sucessivas derrotas se tornaram um peso para o PDT, pois o ex-presidenciável rachou com seu irmão, Cid Gomes (PSB-CE), e virou um obstáculo para a formação de uma federação entre PSB e PDT.
Além disso, a bancada federal, a executiva nacional e a base do PDT no movimento sindical rejeitam a postura anti-PT de Ciro Gomes.
Por conta de todo esse contexto, uma ala do PDT defende que Ciro Gomes seja convidado a se retirar da sigla. Caso ele se recuse, um processo de expulsão pode ser aberto contra Ciro.