O presidente Lula (PT) passou por grande susto no retorno de recente viagem ao México. Após apresentar um problema técnico, o avião em que estava ele e sua comitiva precisou voar em círculos, com apenas um motor funcionando, por quatro horas e meia.
Depois disso, Lula tomou a decisão de não utilizar a aeronave presidencial na viagem a Kazan, na Rússia, onde participará da Cúpula dos Brics, entre terça (22) e quinta (24). Para o novo compromisso internacional, o petista utilizará o KC-30, maior avião da frota da Força Aérea Brasileira (FAB).
Te podría interesar
O modelo Airbus A330-200, chamado de KC-30 pela FAB, tem capacidade para 230 passageiros e autonomia de 12 horas de voo. Entretanto, não possui o mesmo conforto que o Airbus A319CJ, usado, habitualmente, para missões presidenciais.
O avião oficial da Presidência da República é dividido em três setores. O primeiro, com dez poltronas, é usado pelas principais autoridades a bordo. No meio, há uma sala para reuniões e, na parte traseira, poltronas para os outros passageiros.
Te podría interesar
O Airbus A330-200, chamado de KC-30, por sua vez, adquirido ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL) por US$ 80 milhões (R$ 403,8 milhões), tem as configurações normais de um avião de linha aérea regular: classes executiva e econômica, além de um espaço para a primeira classe, de acordo com informações do Estadão.
Este foi o mesmo modelo utilizado nas missões de repatriação no Líbano e nos resgates de cidadãos brasileiros em Israel, em 2023.
Comandante da FAB defende troca de aeronave
Comprado em 2004, ainda no primeiro governo de Lula, o avião presidencial está próximo da metade de seu ciclo de vida e terá que ser trocado ou submetido a um processo de reformulação.
“Pessoalmente, eu defendo a compra de uma nova aeronave. Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. O avião é seguro, mas além disso ele tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um país como o nosso, uma potência mundial, entre as dez maiores economias do mundo deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário do país”, declarou o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da FAB.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.