O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), alegou problemas de saúde na família e cancelou sua participação na solenidade desta segunda (8), no Congresso Nacional para marcar o primeiro aniversário dos ataques golpistas de 8 de Janeiro à praça dos Três Poderes.
Lira faria um dos discursos no evento, que foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Deverão estar presentes ministros, governadores e representantes do Legislativo e do Judiciário.
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Apesar da sua ausência, ou para tentar compensar a mesma, Lira soltou uma longa mensagem em sua conta do X, antigo Twitter, na manhã desta segunda-feira (8), em que afirma:
"A liberdade de manifestação e o direito fundamental de protestar jamais podem se converter em violência e destruição. Devemos sempre celebrar a democracia e cuidar do futuro de nosso país. A Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo e expressão significativa de nosso regime democrático, tem dado o exemplo em prol do Brasil e dos mais caros valores consagrados em nossa Constituição Federal.
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Diálogo, busca pela formação de consensos e respeito ao dissenso e às minorias foram as marcas de um ano histórico, em que a Câmara dos Deputados cumpriu sua missão constitucional de legislar. Aprovou marcos normativos relevantes, que permitirão ao Brasil dar um salto para o futuro, tais como o arcabouço fiscal, a reforma tributária, o marco legal do crédito de carbono e a pauta verde.
Todos esses avanços são a prova viva de que a democracia, exercida por cada um dos três poderes nos termos delimitados pela Constituição, é o único caminho possível para o desenvolvimento, prosperidade, geração de emprego e renda e bem estar dos brasileiros e brasileiras."
Governadores bolsonaristas
Além de Lira, oito governadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também não comparecerão ao evento. Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo sua assessoria, está de férias e estará em trânsito. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro e Romeu Zema (Novo) ainda não definiram se vão.
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, que na época dos atos foi afastado temporariamente do cargo de governador por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), alegou que vai estar de férias e vai mandar Celina Leão, vice-governadora, vai em seu lugar.
Veja abaixo os governadores que não irão à cerimônia:
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – governador de São Paulo;
Ibaneis Rocha (MDB) – governador do Distrito Federal;
Gladson Cameli (PP) – governador do Acre;
Ronaldo Caiado (União Brasil) – governador de Goiás;
Mauro Mendes (União Brasil) – governador do Mato Grosso;
Eduardo Riedel (PSDB) – governador do Mato Grosso do Sul; e
Ratinho Jr (PSD) – governador do Paraná.
Veja abaixo os que confirmaram presença:
Clécio Luís (Solidariedade) – governador do Amapá;
Jerônimo Rodrigues (PT) – governador da Bahia;
Elmano de Freitas (PT) – governador do Ceará;
Renato Casagrande (PSB) – governador do Espírito Santo;
Carlos Brandão (PSB) – governador do Maranhão;
Helder Barbalho (MDB) – governador do Pará;
João Azevêdo (PSB) – governador do Paraíba;
Raquel Lyra (PSDB) – governador do Pernambuco;
Rafael Fonteles (PT) – governador do Piauí;
Fátima Bezerra (PT) – governador do Rio Grande do Norte;
Eduardo Leite (PSDB) – governador do Rio Grande do Sul; e
Fábio Mitidieri (PSD) – governador do Sergipe.
Ronaldo Lessa (PDT) - governador em exercício de Alagoas.