THAMMY MIRANDA

Thammy diz que foi alvo de fake news de ex-MBL e vai retirar assinatura da CPI contra Lancellotti

Vereador do PL afirma defender o trabalho do padre e que não sabia que a comissão teria esse foco

Vereador do partido de Bolsonaro assinou CPI contra LancellottiCréditos: Reprodução/Instagram
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O vereador de São Paulo Thammy Miranda (PL-SP) está sendo duramente criticado nas redes sociais após assinar o pedido em favor da CPI que tem como foco investigar o Padre Júlio Lancellotti.

Em entrevista ao jornal O Globo, o vereador do partido de Bolsonaro alega que seu colega de casa e ex-MBL, Rubinho Nunes (União Brasil), está fazendo uma campanha de fake news.

"Em nenhum momento foi citado o nome do padre no requerimento, se tivesse jamais teria assinado porque defendo o trabalho dele. O padre está lá para ajudar as pessoas, nós estamos do mesmo lado. O que está acontecendo é uma grande fake news, o vereador (Rubinho Nunes) está fazendo campanha política em cima", afirmou o vereador ao veículo.

"Acredito que 90% dos vereadores que assinou não são contra o padre, assinaram com a intenção de proteger os usuários e as pessoas que moram em torno. Nossa intenção é de proteger e inclusive com a ajuda do padre", completou.

Rubinho Nunes, que propôs a coleta de assinaturas para a instauração da comissão afirma que vai investigar "a 'máfia da miséria' que se perpetua no poder através de ONGs esquerdistas".

Thammy, que é um homem trans, foi alvo de uma campanha de difamação transfóbica da extrema direita quando participou de uma campanha de dia dos pais em 2020. Na época, foi defendido pelo pároco que faz ações sociais no centro de São Paulo.

Lancellotti é conhecido por sua visão social e pela defesa dos direitos trans. O padre, que faz um trabalho com a população de rua da capital paulista há décadas, também faz ações com as pessoas trans que estão em situação de rua e vulnerabilidade social.

O vereador alega que vai fazer um requerimento para retirar sua assinatura pela criação da CPMI. Thammy chegou a afirmar que sairia do PL quando Bolsonaro anunciou sua filiação em 2021, mas seguiu no partido.