Indignado com a entrada da Polícia Federal em seus endereços para o cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a instalação do esquema criminoso da ‘Abin paralela’, Carlos Bolsonaro fez um vídeo para mostrar o ambiente revirado num desses imóveis.
O problema é que, nessas imagens publicadas pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma sacola da marca de lingerie Duloren surge num canto, próxima à parede. Não demorou para que a empresa, numa ação ousada de marketing, usasse a revelação para fazer bombar seus perfis comerciais nas redes.
No formato de publicação carrossel, a Duloren colocou a imagem original e uma outra, com a mesma sacola, mas com calcinhas de renda aparentes e para fora da embalagem, com a legenda nada comum “PF, sabemos que era isso que vocês procuravam”.
O próprio vereador carioca de extrema direita republicou a ação de marketing da Duloren em suas redes, com uma legenda de gargalhada. Seus fanáticos seguidores extremistas ficaram divididos e confusos, já que uma parte ria da situação, enquanto outros criticaram o oportunismo da empresa ao usar a operação para alavancar a marca e as vendas.