Bruno Cunha Lima, o prefeito de Campina Grande, na Paraíba, proibiu a realização de festas de Carnaval em ruas, praças e outros espaços públicos da cidade entre 8 a 13 de fevereiro de 2024.
Lima, que é neto do ex-senador Ivandro Cunha Lima e sobrinho-neto do ex-governador Ronaldo Cunha Lima, possui base mais próxima da direita e anunciou uma cruzada contra o Carnaval de rua.
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Só seriam permitidos os eventos do Carnaval da Paz, uma festa conduzida por pastores evangélicos e outras lideranças religiosas. As festas de rua seculares ficariam proibidas.
O defensor público que atua em Campina Grande, Marcel Joffily, afirma que a proibição é inconstitucional em entrevista ao site Diario do Centro do Mundo: “O Estado é laico, não podendo, sob uma pretensa organização de espaços, privilegiar grupos religiosos em prejuízo de outros”.
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Após duras críticas dos setores da cultura e da população não-evangélica, o prefeito revogou o decreto em que proibia as festas populares na rua.
“Entendendo a força dos movimentos populares e sua organização legítima, o Município apenas atendeu recomendação do MPB e das forças de segurança do Estado”, disse o prefeito.
A revogação do decreto, segundo ele, “é resultado de um processo de intenso diálogo com os segmentos envolvidos na realização do Carnaval da Paz, Pré-Carnaval, Campina Folia e Carnaval Tradição”.
Com a revogação do decreto, os blocos carnavalescos de Campina Grande poderão desfilar normalmente durante o Carnaval, assim como os evangélicos.
Em 2020, ele contou com o apoio de Bolsonaro em Campina
Cunha Lima foi parar nas notícias nacionais em 2022 por conta do vídeo vazado de sua sogra cheirando cocaína nas nádegas de uma mulher ao som de Led Zeppelin.