A crise no PL envolvendo Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, e o ex-presidente inelegível, Jair Bolsonaro, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (16) com a declaração de outro importante bolsonarista que fez elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, foi eleito na esteira do bolsonarismo e é aliado ao ex-presidente. Ele fez o elogio a Lula quando falava à CNN Brasil sobre uma possível ajuda do Governo Federal em relação às chuvas que atingiram seu Estado no último final de semana e causaram uma série de danos a populações de áreas atingidas.
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“No momento de crise, pouco importa o lado político. Vejo como natural Lula ter procurado o Paes primeiro. Mas ele não deixou de me ligar quando eu o procurei. Um político experiente não faria nada contra o povo para me atingir. Ainda mais pela grandeza do cargo. Eu não ataco, não sou inimigo dele, nunca fomos”, declarou Castro.
A declaração do governador veio dias depois de um outro elogio a Lula que partiu de Valdemar Costa Neto e deixou Bolsonaro possesso. Na última sexta (12), o presidente do PL elogiou a escolha de Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça.
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“O Lula é um camarada do povo, é completamente diferente do Bolsonaro. E é um fenômeno ele chegar onde chegou. O José Alencar era vice-presidente, nós fizemos parte do governo. E Lula foi bem no governo também, elegeu a Dilma depois. Não tem comparação com Bolsonaro. Primeiro que o Lula tem muito prestígio, ele não tem o carisma que Bolsonaro tem, mas tem popularidade, é conhecido por todos os brasileiros. O Bolsonaro não, tem um mandato só”, disse Costa Neto, seja lá o que ele considere “carisma”.
Após fazer silêncio durante o final de semana, Bolsonaro reagiu à declaração na última segunda-feira (15). Esbravejou, taxou a fala de “declaração absurda” e ameaçou uma “implosão do partido”. Ele aparece num vídeo nas redes sociais, onde aparentemente realiza uma espécie de audiência com extremistas bajuladores que disputam sua atenção, no quintal de uma casa.
“Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem, mas disse: ‘Se continuar assim, você vai implodir o partido’. Pessoa do partido dando declarações absurdas. Dizendo que o Lula é extremamente popular. Tá… manda ele vir tomar uma 51 aqui na esquina. Ele não vem”, reclamou o ex-presidente inelegível.